O Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em coletiva neste sábado (12) a chegada de três milhões de doses da vacina contra a covid-19 da fabricante Janssen ao Brasil. A previsão é de que o lote desembarque no aeroporto de Cumbica, no estado de São Paulo, na próxima terça-feira (15).
Enquanto isso o país abre a portas para a Copa América que tem início neste domingo e conta com delegações de dez países. Uma delas, a da Venezuela que, até o fim da tarde, registrava 13 integrantes infectados pelo coronavírus. O assunto também foi tratado durante a coletiva.
A Venezuela é a seleção que inaugura o torneio e disputa contra o Brasil o primeiro jogo da Copa América, previsto para acontecer no estádio Mané Garrincha, em Brasília, já neste domingo. Queiroga voltou a ser questionado sobre riscos de aumento de circulação do vírus dentro do Brasil, bem como a possibilidade do surgimento de novas cepas.
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“Em relação a competição, faz parte. Se não tivéssemos a possibilidade de casos positivos não existiriam esses protocolos que são rigoroso”, falou o ministro. Ele ressaltou que os jogadores estão isolados em hotel e só devem deixar o Brasil após cumprirem a quarentena.
De acordo com o Ministério, os jogadores testaram negativo para a doença na Venezuela e positivaram para o coronavírus em solo brasileiro. A Conmebol, organizadora da Copa América, alterou o regulamento permitindo um número indefinido de substituições. Antes este número estava restrito a cinco jogadores. Os outros atletas devem passar pelo teste PCR -RT para diagnosticar se estão ou não com a covid-19.
Prazo para aplicação das doses
O envio dos imunizantes ao Brasil foi autorizado pela agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA.
A FDA adiou o prazo de validade das vacinas que venceriam no final do mês de junho para o dia 8 de agosto, porém, a menos que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize esse novo prazo de validade para aplicação, os imunizantes precisão ser utilizados até o fim deste mês.
Queiroga explicou que esta questão será analisada pela Anvisa nos próximos dias. O imunizante é aplicado em dose única.
“A Anvisa está discutindo a possibilidade de ampliar o prazo de validade das vacinas embora entendamos que não será necessário porque confiamos no Programa Nacional de Imunização e na capacidade de vacinar toda a população brasileira”, disse. Ele também defedendeu a eficácia da vacina.“É um imunizante seguro, ele tem eficácia de 85% contra a prevenção da doença, além de uma proteção completa contra a hospitalização.”
O ministro ainda disse que a distribuição das vacinas será feita por “uma questão de logística” para as capitais e a aplicação das doses seguirá os critérios presentes dno Plano Nacional de Imunização (PNI).
Apesar da chegada das novas doses, o ritmo da vacinação no Brasil está lento. De acordo com o Ministério da Saúde, o país tem 23 milhões de pessoas com a segunda dose aplicada, o que corresponde a 11% da população imunizada.