A morte de Major Olímpio (PSL-SP) em decorrência da covid-19 nesta quinta-feira (18) fez com que senadores aumentassem a pressão sobre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pela instauração da CPI da covid-19, que segue engavetada na Casa, mas já conta com assinaturas suficientes para funcionamento.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) publicou uma carta aberta na manhã de hoje (confira íntegra no fim da matéria) em que diz que, embora uma moção de apelo por ajuda internacional esteja sendo elaborada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, é preciso estabelecer outros mecanismos de cobrança e fiscalização das ações do governo em relação à pandemia.
“A CPI da Pandemia surge no horizonte do momento como um instrumento de pressão, para que o Governo aja com rapidez, coordenação e vontade”, diz a emedebista.
Em reunião de líderes do Senado desta quinta-feira (18), antes da notícia sobre a morte de Major Olímpio, Pacheco foi mais uma vez cobrado a instalar a CPI para apurar as omissões do governo federal na pandemia. O mineiro não se comprometeu, mas disse que vai conversar com Jair Bolsonaro e representantes de outros Poderes para criar um gabinete de crise.
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Após a confirmação da morte cerebral do senador, parlamentares usaram as redes sociais para a divulgação simultânea de uma campanha pedindo vacinação. No vídeo, Major Olímpio diz que a imunização “não se trata de defesa de ideologia ou preferência pessoal” e afirma que queria ser vacinado.
Tragicamente para ele não deu tempo. Vamos continuar cobrando pelo @majorolimpio vacina para todos os brasileiros #vidasbrasileirasimportam #vacinaparatodos pic.twitter.com/H0Y3l1SKeX
— Plínio Valério (@PlinioValerio45) March 18, 2021
Última participação presencial do @majorolimpio no plenário. Ele ADVERTE qual é a nossa responsabilidade. Que possamos cumpri-la.. #CPIdaPandemiaJa pic.twitter.com/zzlxt1RvRs
— Randolfe Rodrigues 🇧🇷 (@randolfeap) March 18, 2021
O único caminho para combater o coronavírus é a vacinação da população. #vidasbrasileirasimportam #queroservacinado. Participe, apoie e multiplique! pic.twitter.com/OCCRtVYpf4
— Tasso Jereissati (@tassojereissati) March 18, 2021
Em janeiro passado, @majorolimpio, mais um brasileiro que a Covid levou, gravou um vídeo pela vacinação. Nós, senadoras e senadores, prestamos uma homenagem ao colega falecido hoje trazendo esse vídeo de volta. #Luto #VidasBrasileirasImportam #QueroSerVacinado pic.twitter.com/6vhdlWjlom
— Humberto Costa (@senadorhumberto) March 18, 2021
#luto #vacinasim #VidasBrasileirasImportam @majorolimpio pic.twitter.com/VMmgHr9qUC
— Fernando Bezerra (@fbezerracoelho) March 19, 2021
A Covid-19 levou o Senador @AroldeOliveira, @josemaranhaopb e agora @majorolimpio.
Precisamos agir com determinação para vacinar urgentemente toda população brasileira.
Chega de não acreditar na ciência! #VacinaSim #VidasBrasileirasImportam pic.twitter.com/icUchHvoYp— Senador Angelo Coronel (@angelocoronel_) March 18, 2021
Confira íntegra:
Carta Aberta
O Brasil mergulhou na cratera do NÃO. Não há coordenação, não há plano, não há compaixão.
Faltam leitos, falta oxigênio, falta caixão.
Faltam remédios para a dor.
Audiência pública não basta. Comissão de acompanhamento da Covid do Senado é importante, mas não suficiente. De pouco adianta apenas acompanhar quem navega à deriva. É preciso, urgente, uma mudança de rumos.
Moção de apelo por ajuda internacional está sendo elaborada pela CRE do Senado. Embora também necessária, e louvável, do mesmo modo, insuficiente.
A “CPI da Pandemia” surge no horizonte do momento como um instrumento de pressão, para que o Governo aja com rapidez, coordenação e vontade.
Ou o presidente Bolsonaro se dirige à Nação e demonstra, diante de todos os brasileiros, plena consciência sobre a gravidade da situação e apresenta, ao lado do Ministro da Saúde, um plano nacional de execução urgente para enfrentamento à pandemia, ou permaneceremos, todos, no CAOS.
O Brasil precisa emergir à superfície do SIM.
Do SIM à vida!
Senadora Simone Tebet
MDB-MS
> Bolsonaro vai ao STF para barrar ações de governadores contra a pandemia