A bancada do PT no Senado entrou com uma representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quinta-feira (21), questionando as novas recomendações de uso da cloroquina no tratamento de covid-19, divulgadas pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (21).
O documento leva assinatura de Rogério Carvalho (SE), líder do PT, Humberto Costa (PE), Jaques Wagner (BA), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim (RS) e Paulo Rocha (PA). O texto aponta a inexistência de evidências científicas para o uso da cloroquina como tratamento da covid-19. A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) também assina a representação.
O documento acusa o Ministério de desrespeitar os ritos e os requisitos próprios para aprovação de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas previstos na Lei da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). “O tratamento que, porventura, será ministrado aos brasileiros deve seguir protocolos mundialmente estabelecidos, ou, em última e extrema necessidade, deve ser balizada pelo conhecimento de um profissional devidamente capacitado”, argumentam os parlamentares.
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Outro parlamentar que articulou movimento similar foi o senador e ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB-SP), que apresentou um projeto de decreto legislativo para sustar o novo protocolo, enquanto não houver estudos científicos que comprovem sua eficácia.
Por meio de suas redes sociais o senador criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que ele “não deveria fazer uso político de algo tão sério”.
Apresentei um projeto de decreto legislativo p/ sustar o novo protocolo do @MinSaude que recomenda uso precoce da cloroquina em pacientes com #Covid19, enqto não houver estudos científicos que comprovem sua eficácia. O presidente não deveria fazer uso político de algo tão sério.
Publicidade— José Serra (@joseserra_) May 21, 2020