O grupo de estudos Monitora Covid-19, da Fiocruz, publicou uma nota técnica em que afirma que a rede de saúde do Rio de Janeiro já está em colapso em decorrência do aumento recente dos casos de covid-19. A informação foi publicada pelo jornal O Globo, que aponta que na quarta-feira (2), 172 pessoas aguardavam por um leito de UTI na região metropolitana do Rio. Na rede privada, 98% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados.
“Já vemos o colapso no sistema. Dentro dos hospitais estamos com muitos problemas, mas fora também. E nem todos foram por covid-19, mas indiretamente ficaram sem assistência”, disse ao jornal o sanitarista Christovam Barcellos, membro do MonitoraCovid-19 e pesquisador da Fiocruz.
A nota da Fiocruz aponta que não são apenas os hospitais que sofrem hoje com superlotação e problemas de atendimento, mas também a rede de assistência básica.
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O colapso na rede de saúde acende o alerta dos pesquisadores para as festas de fim de ano e as consequências que elas podem ter para o aumento de casos.
“Esse quadro de desassistência pode se agravar com o aumento do número de casos e da exposição da população a situações de risco de transmissão do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Nesse sentido, é importante o reforço da estrutura hospitalar de cuidados intensivos, a intensificação das atividades de atenção primária em saúde, articulada com a vigilância em saúde, bem como a manutenção de medidas de isolamento social e alerta para condições de risco nas próximas semanas, especialmente diante do quadro preocupante de realização de grandes festas de fim de ano, que já contam com propaganda regular nas redes sociais”, diz trecho da nota publicado pelo O Globo.
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