A edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo destaca em sua manchete de primeira página que o governo federal fechou a compra da vacina indiana Covaxin por um preço 1000% mais caro do que aquele que o próprio fabricante, o laboratório Bharat Biotech, anunciava seis meses antes.
De acordo com a reportagem do Estadão, em agosto do ano passado, um telegrama da embaixada brasileira em Nova Déhli informava que a dose da Covaxin tinha o preço estimado em US$ 1,34. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde firmou contrato com o Bharat Biotech comprando cada unidade da vacina por US$ 15. Trata-se da mais cara das vacinas compradas até agora pelo Brasil.
Ao contrário das demais vacinas, a aquisição da Covaxin, por alguma razão, não foi feita diretamente com o fabricante, mas com o uso de um intermediário, a empresa Precisa Medicamentos. Senadores da CPI da Covid desconfiam que foi essa intermediação que encareceu o preço do imunizante. Por essa razão, a Precisa é desde já investigada pela CPI.
Os sigilos de um dos sócios da empresa, Francisco Maximiano, foram quebrados. E seu depoimento está marcado na CPI para amanhã.
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Até a noite de ontem, porém, Maximiano ainda não tinha confirmado sua presença no depoimento, embora ele já tivesse sido notificado. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chegou a afirmar que, se houvesse problemas na sua presença, ele poderia vir a ser submetido a condução coercitiva.
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