A escalada da crise de saúde gerada pelo covid-19 fez crescer a quantidade de menções ao tema no Twitter, com um total de 12,7 milhões de tuítes no país desde quinta (12).
Por sua vez, a base pró-Bolsonaro perdeu metade do espaço na rede. O eixo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que antes dos protestos reunia 12% das interações, caiu para 6,5% de participação. Um destaque do relatório, entretanto, é que, apesar de isolada neste momento, a base bolsonarista mantém alta capacidade de disseminação de conteúdo, especialmente a partir de vídeos em seus próprios canais.
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Segundo análises da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV/DAPP), desde o fim da última semana, expandiu-se nas redes sociais o debate sobre cuidados de higiene pessoal e a defesa de medidas econômicas de proteção a populações vulneráveis. Também cresceram os elogios a iniciativas do Ministério da Saúde e de autoridades estaduais e de posturas emergenciais para o fechamento de espaços públicos, estabelecimentos comerciais e postos de trabalho.
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No Youtube e no WhatsApp, segue o compartilhamento de teorias da conspiração relacionadas ao novo coronavírus. Apesar do pouco impacto de vídeos apócrifos e que rejeitam a gravidade do coronavírus nas redes sociais brasileiras, entre grupos de debate político no WhatsApp (e também pelo engajamento de parlamentares pró-governo) continuam a circular publicações que divulgam notícias falsas sobre curas, mortalidade e o alcance (e emergência) do problema.
Outro ponto é que conteúdos de redes sociais e sites de mídia alternativa alinhada ao governo dominaram o debate sobre coronavírus no WhatsApp, sobrepondo-se às notícias veiculadas por sites da imprensa tradicional.
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