O Instituto Butantan anunciou nesta terça-feira (12) que a eficácia global da Coronavac é de 50,4%. Esta é a taxa de eficácia para os casos muito leves da doença, aqueles que não precisam de atendimento hospitalar. Na semana passada, o instituto anunciou que, nos testes no Brasil, a vacina atingiu 78% de eficácia em casos leves e 100% em casos graves e moderados.
No início da coletiva, o diretor do Insitituto Butantan, Dimas Covas, fez um discurso com forte tom político em que defendeu o imunizante e questionou as críticas e suspeitas que foram direcionadas à vacina, especialmente por grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro.
“Uma vacina que foi duramente criticada por ter sido feita em associação com a china, como se isso fosse um pecado, mas é uma virtude.
“Se a associação com a China não tivesse acontecido, não estaríamos com milhões de doses de vacina na prateleira aguardando o momento do uso. Estão em solo brasileiro, estão aqui no Butantan”, disse Dimas Covas.
“A vacina está disponível. Por que não usá-la? Por que atrasar o uso da vacina? Ela tem segurança e tem eficácia […] Temos uma vacina esperando para ser usadas em um país com mil mortes dia, pedimos às entidades de reguladoras que permitam isso o mais rapidamente”, disse.
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Ricardo Palacios, diretor de pesquisa clínica do Butantan e pesquisador à frente dos estudos da Coronavac, também comemorou o resultado do trabalho e disse que a vacina foi submetida a testes rigorosos que a mostraram segura e eficaz. Palacios também fez menção às críticas de Jair Bolsonaro à vacina, especificamente ao episódio em que o presidente disse que quem tomasse vacinas ainda em fase de estudos correria o risco até de virar um jacaré
“Ninguém vai virar outra coisa senão um ser humano imunizado e protegido ao tomar a vacina”, disse.
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