A Associação dos Juízes Federais do Rio Grande do Sul (Ajufergs) prometeu vacinar contra covid-19 todos os magistrados filiados à entidade e até oito parentes de cada associado. Em ofício encaminhado aos juízes na terça-feira (26) e publicado pela jornalista Rosane de Oliveira na Zero Hora, o presidente da associação, Rafael Martins Costa Moreira, informou que a associação vai comprar a vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech.
O início da distribuição de doses, segundo Moreira, está previsto para março ou abril, mas não é possível precisar a data porque a vacina ainda carece de liberação da Anvisa. No ofício, o presidente afirma que a compra das vacinas pela associação se dá pela “provável demora pela vacinação por meio do SUS, bem como o fato de que a maioria dos associados não se enquadra no grupo prioritário”.
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A vacina aplicada nos juízes será paga pela associação e as doses destinadas a familiares custarão R$ 800 para cada interessado.
A possibilidade de compra de vacinas por particulares tem sido criticada em diversas instâncias. Para o defensor público-geral federal, Daniel de Macedo Alves Pereira, a possibilidade de compra da vacina não é legítima em um momento de pandemia em que falta imunização até para os grupos prioritários. Segundo ele, essa possibilidade reforça desigualdades sociais e abre uma guerra entre classes pela vacina.
Daniel Macedo informou ainda que se a promessa da associação gaúcha for concretizada, a Defensoria vai acionar o Ministério da Saúde para que a operação não seja permitida e, caso não haja ação do governo, vai recorrer à Justiça para garantir que todas as doses da vacina no país sejam destinadas ao Sistema Único de Saúde.
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