Deputados bolsonaristas entraram com uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado Alexandre Frota (PSDB). Eles alegam que o deputado participou de atos contra o governo, tratados pelos aliados do presidente como eventos “criminosos” e “violentos”. Apesar da denuncia, a assessoria de Frota informou que ele não compareceu aos atos.
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A deputada Bia Kicis (PSL) anunciou a representação, nesta terça-feira (2), através da sua conta no Twitter, onde afirma classifica as manifestações contra o governo, denominados antifacistas, de “eventos criminosos”. Ela diz que, ao todo, quinze deputados assinaram a representação contra o Frota. Entre eles, a deputada Carla Zambelli, o filho do presidente Eduardo Bolsonaro, Carlos Jordy, General Girão e outros.
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O deputado General Girão também publicou a lista dos quinze deputados que entraram com a representação na PGR no seu Twitter e deslegitimou os atos contra o governo, classificando as manifestações realizadas no último domingo (31) de “eventos violentos”.
Veja a lista completa:
Eu e outros 14 deputados na lista abaixo demos entrada em representação criminal na PGR contra @alefrota77 por sua participação nos eventos criminosos dos antifas domingo. @AlineSleutjes @carlosjordy @filipebarrost @Oficialluizlima @CarlaZambelli38 @majorfabianadep @GeneralGirao pic.twitter.com/2yd3nNsq33
Publicidade— Bia Kicis (@Biakicis) June 2, 2020
Após manifestações contra o governo no último final de semana, na segunda-feira (1) dois deputados ligados a Bolsonaro, Daniel Silveira (PSL-RJ) e Hélio Lopes (PSL-RJ), protocolaram projetos de lei com o objetivo tipificar, na Lei Antiterrorismo, os movimentos antifascistas como terroristas.
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