O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais contabilizou, até o início da noite deste domingo (27), um total de 58 vítimas fatais do rompimento da barragem de Córrego Feijão, em Brumadinho (MG). O número não considera um ônibus com corpos próximo ao local onde ficava o refeitório da mineradora Vale, responsável pela barragem, encontrado no início da noite.
Dos 58 mortos, 19 foram identificados até a noite deste domingo (27). Além disso, a Vale informa que ainda há 305 pessoas desaparecidas. O número aumentou em relação ao que era no início do dia porque a empresa descobriu mais possíveis atingidos que não estavam na lista inicial, por meio de familiares deles.
Neste domingo os regates só aconteceram a partir das 15h. As buscas estiveram interrompidas a partir das 5h30 deviso ao risco de rompimento de outra barragem no complexo. A população do entorno foi afastada de suas casas e os resgates foram suspensos até que as autoridades descartaram o risco de um novo rompimento.
Nenhuma pessoa foi resgatada viva durante o dia. O tenente-coronel Eduardo Angelo, comandante da operação dos bombeiros, reconheceu que é “bem pequena” a chance de ainda haver sobreviventes. “Há possibilidade de se encontrar com vida sim. No entanto, a literatura que trata sobre esse assunto demonstra que a partir de 48 horas de empenho a chance de encontrar vida é bem pequena. Existe [essa chance]? Já aconteceu? Sim, já teve gente soterrada por mais de 30 dias, só que é normalmente um ponto fora da curva”, disse Angelo.
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