O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, escolheu o atual comandante da Polícia Militar Ambiental de São Paulo, coronel Homero de Giorge de Cerqueira, para a presidência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ele vai substituir Adalberto Eberhard, cuja exoneração foi publicada na edição de ontem (16) do Diário Oficial da União, um dia após Salles determinar a abertura de processo administrativo contra servidores que não compareceram a um evento do qual o ministro participava no Rio Grande do Sul.
Além de comandar a Polícia Ambiental no estado mais populoso do país, o futuro presidente do ICMBio é mestre e doutor em Educação, especialista em Segurança e Ordem Pública, e bacharel em Direito e em Ciências Policiais de Segurança. O instituto é responsável pela manutenção e fiscalização dos parques e áreas de conservação ambiental em todo o Brasil.
No último sábado (13), Adalberto Eberhard participou ao lado do ministro, de prefeitos, do senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e de representantes de associações de produtores de uma reunião na cidade gaúcha de Mostardas, onde fica o Parque Nacional de Lagoa dos Peixes, conhecido Parna. O evento foi chamado pelos participantes, inclusive pelo ministro, de “reunião informal de trabalho”.
Durante a reunião, moradores, produtores e pescadores reclamaram da criação do parque, que ocorreu em 1986. As críticas foram estendidas à atuação dos fiscais ambientais e servidores do ICMBio.
Ao iniciar seu discurso, depois de ouvir as reclamações, o ministro Ricardo Salles perguntou pelos funcionários do instituto. “Eu gostaria que os funcionários do ICMBio viessem aqui participar conosco. Não tem nenhum funcionário? Eu queria aproveitar a oportunidade para agradecer, vocês veem a diferença de mudança de atitude, está aqui o presidente do ICMBio, que embora seja ambientalista histórico e respeitado no meio, veio aqui ouvir a opinião de vocês e as experiências. E na presença do ministro e do presidente do ICMBio não há nenhum funcionário, embora tenham nos esperado em Mostardas, então determino a abertura de processo disciplinar contra todos os funcionários”, afirmou o ministro. “O momento da perseguição às pessoas de bem neste país acabou com a eleição do nosso presidente Jair Bolsonaro”, completou Salles.