O ministério do Meio Ambiente (MMA) tem deixado de responder 77% dos pedidos de jornalistas, ou seja, quase oito a cada dez pedidos de resposta da imprensa são ignorados pelo MMA. Os dados foram obtidos pelo Observatório do Clima e pelo O Eco por meio da Lei de Acesso à Informação. O levantamento feito com os números do próprio ministério demonstram que a procura da imprensa por informações da pasta chefiada por Ricardo Salles quadruplicou.
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De janeiro a setembro a assessoria de comunicação do ministério recebeu 2.221 pedidos de resposta da imprensa, dos quais apenas 528 foram respondidos. A média de resposta caiu de 54% em 2018, para 23% em 2019.
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No dia 26 de agosto, por exemplo, o Congresso em Foco solicitou uma nota sobre o pedido de expulsão do ministro do partido Novo, devido a sua atuação à frente da pasta. E não obteve resposta.
No dia 2 de setembro, devido a falta de publicidade da agenda do ministro na página oficial do MMA, o site perguntou para a assessoria de comunicação do ministério se Salles compareceria ou não na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara para prestar esclarecimentos sobre os números de desmatamento da Amazônia. A pasta não respondeu.
No dia 28 de setembro, o Congresso em Foco tentou mais uma vez, sem sucesso, obter uma resposta da pasta, dessa vez referente a uma denúncia que o site publicou em primeira mão. A reportagem recebeu um documento que mostrava a denúncia de um agente do Ibama, que comunicava seu superior que em ao menos três ocasiões o órgão não recebeu cooperação da Garantia da Lei e da Ordem (LOA) enviada pelo governo federal para conter o desmatamento da Amazônia. As perguntas enviadas pelo site nunca foram respondidas. Outros veículos da imprensa também passaram a publicar o assunto 12 horas após a publicação do Congresso em Foco e ainda assim, pelo que a reportagem pôde checar, a imprensa seguiu sem a resposta do ministério.
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