O governo federal vai prorrogar até abril de 2021 o emprego das Forças Armadas na Amazônia, informou nesta segunda-feira (6) o vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).
A manutenção de militares na região visa auxiliar os órgãos ambientais a combater delitos ambientais, em especial desmatamento ilegal e focos de incêndio. Inicialmente, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado por Jair Bolsonaro, previa que a Operação Verde Brasil 2 acabaria em julho deste ano, mas ela foi estendida pela primeira vez até 6 de novembro.
“[A operação] vai até abril, nós vamos prorrogar até abril”, afirmou Mourão nesta manhã. Segundo ele, a prorrogação, que deve ser formalizada até a próxima semana, será acertada com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Mourão assegurou que há recursos para bancar a prorrogação. “Nós estamos com recurso, e o recurso é suficiente para chegar até abril”, disse. De acordo com com o vide-presidente, foram alocados R$ 400 milhões para a operação e ainda há R$ 180 milhões, que precisam ser empenhados ainda em 2020.
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Visita de diplomatas
Na semana passada, Bolsonaro disse que vai convidar diplomatas estrangeiros para sobrevoar a floresta amazônica e mostrar que não há focos de incêndio e desmatamentos na região. “Naquela curta viagem de uma hora e meia, [os diplomatas] não verão em nossa floresta amazônica nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada”, disse Bolsonaro.
Segundo Mourão, a visita deverá ocorrer na semana que vem. Os ministros da Defesa, da Agricultura e do Meio Ambiente falarão sobre a situação da Operação Verde Brasil, da situação da regularização fundiária e da atuação do Ibama e ICMBio.
PublicidadeDados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a Amazônia Legal registrou 964 km² de áreas sob alerta de desmatamento em setembro deste ano, segundo maior número em cinco anos. O Inpe é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, comandado pelo ministro Marcos Pontes.