O delegado da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, disse hoje (15), em entrevista à GloboNews, que a situação do desmatamento na região norte do país “não tem precedentes”. Ele apresentou, na quarta-feira (14), uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, e o senador de Roraima, Telmário Mota (PROS-RR).
Nesta quinta (15), Alexandre Saraiva perdeu o cargo e foi substituído pelo delegado Leandro Almada. A troca deve ser oficializada em breve pela PF.
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Saraiva reforçou que as atividades do Ibama estão sendo desviadas no combate ao desflorestamento. “O Ibama sempre foi parceiro da Polícia Federal no combate à extração de madeira ilegal. O que está acontecendo agora não tem precedentes”, disse.
O delegado disse ainda que não tem apego ao cargo de liderança na PF e está apenas “seguindo a lei”. “Não fiz concurso para superintendente da PF. Sou delegado da PF, não tenho apego ao cargo. Sigo a lei”.
Alexandre Saraiva ressaltou que o combate ao desmatamento no Brasil é uma questão de estratégias de inteligência com baixo custo, mas que deve ser posto em prática de forma ágil. “Nós não chegamos nessa situação do dia para a noite e nem vamos sair da noite para o dia.”
“Precisamos atacar a emissão do Documento de Origem Florestal (DOF) que autoriza a extração de madeira. É possível combater o desmatamento ilegal com menos gastos e mais eficiência”, disse.
O Meio Ambiente é uma das pautas principais que podem gerar acordos internacionais entre o Brasil e os Estados Unidos. O secretário dos EUA para temas da América Latina, Juan Gonzáles está em viagem até esta quinta-feira (15) entre países latinos. Ele participou de encontros na Venezuela, Colômbia, Argentina e Uruguai. Gonzáles não teve agenda com o Brasil.
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