Às vezes, as aparências enganam. O que vemos a olho nu não revela toda a realidade. Dados presentes obscurecem as tendências de médio e longo prazo. A retórica ufanista esconde a necessária mudança de rumos.
Após quase 20 anos de avanços importantes, graves interrogações se apresentam. Surfamos nas sólidas bases da estabilização e na fantástica expansão da economia capitalista mundial no início do século XXI.
É verdade que a renda, o consumo, o crédito e o emprego ainda em expansão garantem a percepção de bem-estar. Mas há sinais preocupantes no ar. Inflação em alta, carga tributária recorde apesar das constantes desonerações, mudança da percepção internacional sobre o Brasil, graves gargalos na infraestrutura, forte desindustrialização, queda de produtividade da economia, capacidade inovadora insuficiente, má gestão em setores estratégicos.
A eficiência e a qualidade na ação governamental têm um duplo papel. Melhorar os resultados na órbita pública e criar um clima de confiança e empreendedorismo na sociedade e no empresariado.
O governo Dilma e o PT têm estado na contramão. Não há país no mundo que possa ter uma gestão eficiente com 39 ministérios. A desmoralização das agências regulatórias tem afastado investidores. O aparelhamento, a partidarização, o clientelismo, a corrupção, o patrimonialismo, o baixo compromisso com a meritocracia têm corroído a eficiência das ações estatais.
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O PSDB realizou importante evento no Congresso Nacional, jogando luzes sobre o exemplo maior de comprometimento do futuro a partir da baixa qualidade da gestão: a Petrobras, a ANP e o setor petróleo.
O governo do PT conseguiu produzir a pior gestão de toda a história da empresa. Depois de soltarmos fogos para uma suposta autossuficiência, em 2012 o Brasil importou U$ 7,2 bilhões em derivados de petróleo. Nos últimos dois anos, o valor da Petrobras caiu 47,7% (menos R$ 179,3 bilhões), saindo da segunda posição no mundo para o oitavo lugar, atrás até da colombiana Ecopetrol.
Os trabalhadores brasileiros que confiaram na empresa e aplicaram seu FGTS na Petrobras perderam parte significativa de sua poupança. O investidor a olha hoje com desconfiança. A mudança do regime de exploração para o pré-sal só produziu a paralisação dos leilões e a confusa briga pela distribuição dos royalties. A produção de petróleo, que cresceu 10% ao ano no governo FHC, viu esse índice despencar para 2,4% na era petista. O endividamento da empresa explodiu, a empresa inchou, os custos ficaram fora de controle. Transações tenebrosas tiveram lugar como a estranha compra da refinaria de Pasadena, no Texas, provocando enorme prejuízo.
Em favor do Brasil, em favor da Petrobras, é preciso mudar radicalmente o rumo. E Graça Foster sabe disso.
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