O ex-atacante Washington, o Coração Valente, deve assumir amanhã (6) a vaga aberta com a saída do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a coordenação do governo de transição. Futuro chefe da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro, Onyx foi nomeado ministro extraordinário nesta segunda-feira (5). Washington esteve na Câmara nesta manhã, quando se encontrou com o deputado gaúcho e tratou de assuntos burocráticos para a posse.
Depois do encontro com Onyx, Washington disse que tem “linha de pensamento” parecida com a de Bolsonaro, mesmo integrando o PDT, partido que deve fazer oposição ao novo presidente a partir do próximo ano. “Eu tenho a minha linha de pensamento e acho que é muito da linha daquilo que vai ser traçado para o próximo governo”, declarou.
Dentro e fora dos gramados
Aos 43 anos, Washington terá até 31 de janeiro de 2019, véspera da posse dos parlamentares eleitos para a nova legislatura, para exercer o mandato. Artilheiro do Campeonato Brasileiro duas vezes, o ex-jogador foi campeão brasileiro pelo Fluminense em 2010. Ele também se destacou com as camisas do Caxias (RS), da Ponte Preta, do São Paulo e do Atlético Paranaense. Pelo clube de Curitiba marcou 34 gols em 2004, o maior número alcançado por um jogador em uma mesma edição do Brasileirão.
Leia também
Esta não é a primeira vez que o ex-atleta assume um cargo político. Ele já foi vereador em Caxias e secretário municipal. Washington treinou este ano o Itabaiana (SE) na Série D do Campeonato Brasileiro. O treinador, que encerrou a carreira de jogador em 2011, estava em busca de novo clube para trabalhar.
Coração Valente
PublicidadeWashington ganhou o apelido de Coração Valente após superar problemas cardíacos. Em 1996, quando jogada pelo Caxias, foi diagnosticado como portador de diabetes. Em 2002, quando defendia o Fenerbahçe, um exame diagnosticou que uma de suas artérias estava praticamente obstruída e que ele corria o risco de sofrer um infarto. Depois de passar por duas cirurgias, o atacante foi aconselhado a abandonar o futebol.
Em 2004, pouco menos de um ano após a cirurgia cardíaca, Washington retornou aos gramados pelo Atlético Paranaense e foi artilheiro pela primeira vez do Brasileirão. A partir daí, passou a comemorar seus gols batendo com a mão no peito, gesto que se tornou característico.