A ex-ministra e ex-senadora pelo Acre Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, indicou que pode declarar apoio ao ex-presidente Lula nas eleições de 2022 contra o atual presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal O Globo, a candidata à presidente nas últimas três eleições indicou ser possível uma reconciliação com o PT, desde que o partido reconheça erros do passado.
“Se for para transitarmos para uma nova realidade, teremos que reconhecer que, ao longo desses anos, cometemos erros e temos que estar dispostos a fazer autocrítica”, disse a ministra, que disse não ter “nada pessoalmente” com o ex-presidente, de quem foi ministra do Meio Ambiente por cinco anos e meio.
Marina também indicou que está decidindo se aceita o pedido do partido para se lançar deputada federal pelo estado de São Paulo. No entanto, a decisão não estaria tomada. Apesar de ter sido senadora por dois mandatos, a política ainda não ocupo cargos na Câmara dos Deputados.
A relação de Marina com o PT acabou estremecida nos últimos ciclos eleitorais – principalmente após ataques da campanha de 2014, onde o marqueteiro João Santana intensificou os ataques de Dilma Rousseff contra a então candidata do PSB. E é justamente o retorno de João Santana ao jogo eleitoral, na campanha de Ciro Gomes, que estaria impedindo o diálogo dela com o pedetista. “E eu só tenho a divergência com o fato de João Santana ter sido a pessoa que, na campanha da Dilma, enxertou o ódio, a polarização e a mentira como estratégia de se chegar ao governo”, disse ela ao O Globo. “Mas eu não reduzo o Ciro Gomes ao João Santana.”
Leia também
A fala de Marina soma-se a outros acenos da Rede Sustentabilidade em relação à campanha de Lula, que atualmente lidera as pesquisas eleitorais. No final de fevereiro, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aceitou o convite do petista e anunciou que iria trabalhar na campanha de Lula, abrindo mão de uma possível eleição para o governo no estado do Amapá.
> Ajude-nos a fazer um Congresso em Foco melhor pra você
Publicidade