Políticos de partidos de oposição ao governo Bolsonaro criticaram o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, por ter dito que “as universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual, que não é a mesma elite econômica”.
Vélez fez a declaração em uma entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira (28). O ministro defendeu, na entrevista, que “a ideia de universidade para todos não existe”.
Nas redes sociais, o posicionamento foi atacado por figuras como os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Zeca Dirceu (PT-PR), o ex-candidato à Presidência Guilherme Boulos (PSol-DF) e os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Lídice da Mata (PSB-BA).
“Ministro da Educação de Bolsonaro defende ‘elite intelectual’ nas universidades e filhos de pobres como mão-de-obra barata no mercado de trabalho. Foi-se o tempo em que filhos de pedreiros e empregadas domésticas podiam se tornar doutores nesse País”, publicou a deputada Erika Kokay no Twitter.
Vélez defendeu que se dê mais atenção aos cursos técnicos, que dão retorno financeiro maior e mais rápido aos jovens. O ministro disse, ainda, que não está prevista a cobrança de mensalidades nas universidades públicas, mas que é preciso “reequilibrar os orçamentos”.