Sou um ferrenho defensor dos professores, pois tenho convicção que não existe nação decente sem educação. Por trás de um médico, de um engenheiro e de um advogado, por exemplo, existiram inúmeros professores (as) que fizeram bem a sua parte em ajudá-los em suas formações. Na verdade, quase todas as profissões do mundo exigem a presença de um professor e isso faz desta entidade, o pivô de tudo o que a educação representa para a sociedade.
A presidente Dilma disse que a educação é “prioridade das prioridades”, mas confesso que não acredito nisso. Ela fala em aumentar o número de creches, de colocar mais crianças nas escolas, mas eu não ouço falar em começar uma campanha salarial séria que propicie benefícios reais aos professores que muitas vezes se desdobram em suas jornadas de trabalho para conseguirem um pouco mais no final do mês.
Não estou falando de elevar o piso salarial da categoria para pouco mais de R$ 1,9 mil, como estão dizendo por aí. Estou falando em pagar aos professores o suficiente para que eles tenham condições reais de se dedicarem exclusivamente a profissão, de terem condições de prepararem bem as aulas para assim conseguirem transmitir os seus conhecimentos.
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Mas, que governante brasileiro teria coragem de pagar decentemente os professores? Que congressistas votariam a favor de uma lei que armasse a população contra a ignorância? Duvido que seriam os mesmos congressistas que elevaram os próprios salários num estalar de dedos. Aliás, segundo a Folha de S.Paulo, cada congressista custará aos cofres públicos a bagatela de R$ 151 mil por mês. Com a absurda quantidade de deputados federais e mais 81 senadores, o custo mensal será de R$ 90 milhões.
Se o número de deputados federais diminuísse à metade (tenho certeza de que não sou o único a favor desta redução), a União economizaria R$ 39 milhões, o suficiente para pagar os salários de 20.500 professores em início de carreira.
Enquanto se paga bem a quem muitas vezes nada contribui para sociedade, aos professores restam-lhes apenas as migalhas.
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