O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, deve assumir o Ministério da Educação após a queda de Carlos Aberto Decotelli.
Feder é empresário e em 2007 escreveu, em parceria com o sócio Alexandre Ostrowiecki, um livro chamado Carregando o Elefante, revisado e republicado em 2014. Na obra, os autores criticam o aparato estatal brasileiro. Ao falarem sobre educação, eles defendem a privatização do ensino público com jargões e frases de efeito.
“As razões para privatizarem-se escolas e universidades são basicamente as mesmas já expostas: a iniciativa privada é intrinsecamente mais eficiente na gestão de qualquer coisa. Assim como é melhor que uma empresa privada frite hambúrgueres do que o governo, o mesmo ocorre no caso de uma escola”, escreveram.
Quando Feder foi anunciado secretário de Educação do Paraná, recorri a essa obra para publicar na Gazeta do Povo uma reportagem sobre o que pensava o novo secretário. Pouco tempo depois da publicação do texto intitulado “Em livro, secretário de Ratinho defende voucher como solução para a educação”, Feder me telefonou. Na conversa disse que não defendia mais as ideias publicadas no livro. O secretário foi categórico: “Não vou privatizar, terceirizar nem fazer voucher“.
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A mudança de posicionamento se deu, diz, após após ele ter estudado o tema e ter constatado que que as evidências empíricas não mostram vantagens para o aprendizado com a utilização de voucher.
“Eu acredito tranquilamente, firmemente, que ensino público tem condições de entregar ensino de excelência”, afirmou em entrevista à Gazeta do Povo.
Feder ainda elencou quatro pilares que sustentariam sua gestão à frente da Secretaria de Educação do Paraná: atenção à frequência dos alunos, motivação dos professores, elaboração de material didático comum para toda a rede estadual e a criação de um programa para mandar aluno do ensino médio para intercâmbios no exterior.
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