O último concurso da Polícia Rodoviária Federal, lançado em 2008 com 750 vagas, foi alvo de suspeitas de fraudes e intervenções da Justiça. Segundo os candidatos prejudicados, houve uma série de indícios de favorecimento que beneficiaram alguns dos concorrentes mais bem colocados. Foram relatados erros de preenchimento nos cartões de resposta, realização de prova em salas extras, entre outros fatos considerados sintomáticos.
As denúncias fizeram com que o Ministério Público Federal propusesse uma ação civil pública por improbidade administrativa contra José Cortines Linares, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa e Ensino Assistência (Funrio), banca responsável pela seleção.
Em abril de 2010, a Justiça Federal determinou que a Funrio devolvesse R$ 3,8 milhões à União por conta de irregularidades no concurso. Os trâmites só terminaram em janeiro de 2011, quando o Instituto Cetro foi contratado para finalizar o processo seletivo.
As provas objetivas aplicadas pela Funrio foram mantidas, mas a organizadora foi obrigada, pela Justiça, a devolver o dinheiro arrecadado das etapas que ainda não haviam sido aplicadas. O Instituto Cetro passou a ser responsável pela seleção e aplicou as etapas seguintes da seleção.
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A seleção anterior, atualmente sob responsabilidade do Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) também foi afetada por irregularidades e suspensões.
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