Na entrevista abaixo, Coronel Armando (PSL-SC) e Sâmia Bomfim (Psol) antecipam as estratégias do governo e da oposição para a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em que deverá ser lido o parecer do relator da reforma da Previdência, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Os dois terão preferência no debate por terem sido os primeiros a chegar à comissão:
Após as críticas pela atuação tímida na audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na quarta-feira passada, o governo reagiu e assegurou preferência nas discussões sobre a reforma da Previdência nesta terça-feira (9). O vice-líder do governo na Câmara, Coronel Armando (PSL-SC), chegou por volta das 9h30 ao auditório da CCJ, 15 minutos antes da primeira oposicionista, Sâmia Bomfim (Psol-SP). Na prática, o deputado do PSL terá a prerrogativa de ser o primeiro a apresentar requerimento e a participar dos debates.
Coronel Armando vai pedir que o relator da reforma, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), comece hoje a leitura de seu parecer, favorável à aprovação na íntegra do texto enviado pelo governo. A decisão caberá ao presidente do colegiado, Felipe Francischini (PR), que também é do PSL.
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A CCJ vai analisar apenas a constitucionalidade da proposta. O mérito será analisado pela comissão especial que será instalada. A oposição pretende apresentar pedido para inverter a pauta, ou seja, tentar protelar e até adiar para a reunião seguinte a leitura do parecer de Freitas. Mas, por ter chegado após o governo, deverá ter dificuldade com sua estratégia.
PublicidadeOutra dificuldade que os oposicionistas estão enfrentando tem a ver com o temporal que caiu sobre o Rio de Janeiro. O líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ) e os deputados Marcelo Freixo (Psol-RJ) e Glauber Braga (Psol-RJ) ainda não conseguiram chegar a Brasília. Os três estão entre os mais combativos opositores da reforma.
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