“É melhor prevenir do que remediar.” Foi algo assim que passou pela cabeça dos milhões de brasileiros que tomaram as ruas entre 2015 e 16. A população ordeira e trabalhadora que pedia um impeachment e o fim de um império de corrupção justificava suas manifestações com uma prevenção: “Para o Brasil não virar uma Venezuela”, diziam.
É, é melhor prevenir… Como todo ditado popular, esse carrega toda a experiência de vida de quem o profere. Nossos avós e nossos pais sempre recorrem a essas expressões porque, no dia a dia, na vida real, perceberam que correspondiam à verdade das coisas. É lá, na vida real, que os ditados se mostram verdadeiros. E é lá, na vida real, que os ditadores e suas utopias se mostram mentirosos e cruéis. Se pudesse voltar no tempo, o povo venezuelano teria agido como o brasileiro – prevenindo antes de ter de remediar.
Remédios tendem a ser amargos e ardidos. Mas é sempre bom encontrar um ou outro que alivie a dor sem causar desconfortos. É assim que o governo brasileiro tem agido em relação à crise venezuelana, causada pela aplicação de políticas socialistas, sempre irresponsáveis, desumanas, autoritárias. Em um esforço interministerial, com o apoio decisivo das Forças Armadas, com a Operação Acolhida recebemos os venezuelanos que fogem dos resultados catastróficos do marxismo-bolivariano.
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A História se repete. Da União Soviética para a Europa Ocidental, da Alemanha fechada para a aberta, de Cuba para os Estados Unidos. Da Venezuela para o Brasil. É sempre assim: migração forçada e em massa de povos famintos e miseráveis, fugindo dos aclamados “paraísos socialistas” e buscando refúgio no dito “capitalismo selvagem”. E, como sempre, cabe ao país democrático acolher as vítimas das utopias sanguinárias. Desde a fronteira, em Roraima, os refugiados são amparados com procedimentos médicos, sanitários, diplomáticos e humanitários, em um trabalho reconhecido pela comunidade internacional.
Cientes de que esses imigrantes são vítimas que se viram obrigadas a deixar seu lar, os brasileiros também têm feito sua parte nesse acolhimento. E, contemplando o desespero desses nossos irmãos do norte, temos firmada a convicção de que fizemos o certo ao ir para as ruas há poucos anos, militando contra governantes alinhados ao chavismo venezuelano. Para o Brasil não virar uma Venezuela, mudamos nossa História, renovamos a política e faremos mudanças profundas e necessárias, como a Nova Previdência.
Para não sofrer como os venezuelanos, além de defender a democracia, devemos evitar o colapso da economia e permitir que o país volte a crescer. Já agimos nas ruas e nas urnas – prevenindo, para não ter de remediar. Agora, é hora de nós, governantes e legisladores, representando os anseios populares, tomarmos as medidas necessárias pelo bem de todos. O remédio pode arder e ser um pouco amargo, mas o alívio será imediato. Em caso de dúvidas, consulte o venezuelano mais próximo.
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