A ministra da Agricultura, Tereza Cristina; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e o presidente da bancada ruralista, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), vão fazer uma viagem à Europa no próximo mês para discutir a política ambiental e a produção agropecuária brasileira. A comitiva quer passar em pelo menos cinco parlamentos europeus para mostrar que o agronegócio não é o responsável pelo aumento das queimadas na Amazônia e, assim, evitar bloqueios comerciais aos produtos brasileiros.
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A viagem foi acertada entre uma reunião entre Tereza Cristina, Maia e a bancada ruralista e vai começar na Inglaterra, mas também pretende passar pela Alemanha, França, Itália e Espanha – os países mais importantes para o agronegócio brasileiro na Europa, segundo o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. “É onde temos que trabalhar a compreensão e a opinião pública em relação ao Brasil”, explicou Moreira.
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Ele disse ainda que a reunião na embaixada da Grã-Bretanha já está agendada. “Foi acertada antes desse episódio ambiental para discutirmos com o Reino Unido quais acordos comerciais eles vão querer manter com o Brasil depois da saída da comunidade europeia. Mas, diante de toda essa questão ambiental, resolvemos levar todas as fundamentações de natureza científica em relação à preservação ambiental e sustentabilidade”, contou Moreira, dizendo que caberá ao presidente da Câmara marcar as reuniões nos parlamentos dos demais países europeus.
Rodrigo Maia deve contar com a ajuda do Itamaraty nessa missão e adiantou, nessa quinta-feira (22), que vai aproveitar a viagem para mostrar à Europa que o Congresso brasileiro está preocupado com a preservação da Amazônia e não tem o interesse de aprovar leis que flexibilizem a preservação ambiental. “Nós temos que lutar para mostrar uma imagem de absoluta responsabilidade e preservação”, concordou Moreira.
Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, Alceu Moreira, contudo, minimizou o problema da Amazônia. Ele disse que as queimadas sempre existiram na região e que as declarações da França têm mais relação com interesses de mercado do que com a preocupação ambiental.
PublicidadeO deputado prometeu, então, apresentar dados que comprovem esse cenário na Europa. “Já temos textos claros e traduzidos para deixar nas embaixadas e também vamos mostrar que não há legislação que facilita isso”, disse Moreira, que concorda com a política do governo Bolsonaro para a região, mas admite que é preciso lutar contra o desmatamento na Amazônia e, assim, garantir a sustentabilidade do agronegócio no mercado internacional.
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