Uma pesquisa do Instituto Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que a maioria dos brasileiros, 59%, considera necessário reformar a Previdência, mas metade dos que dizem conhecer a proposta do governo Bolsonaro são contrárias a ela. A pesquisa ouviu 2.000 eleitores com 16 anos ou mais, em 126 municípios, de 12 a 15 de abril.
Embora seis de cada dez entrevistados considerem que deve haver alguma reforma, apenas 36% declararam ter algum conhecimento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Dentro desse grupo, 51% são contrários, 39% são favoráveis e 10% não responderam.
Mais apoio entre ricos e escolarizados
O apoio à reforma, que tramita desde fevereiro na Câmara dos Deputados, cresce conforme aumenta a renda e a escolaridade dos entrevistados, segundo o CNI/Ibope. Entre os que completaram até a 4ª série do ensino fundamental, 52% acham necessária alguma reforma. Já entre os que têm ensino superior completo, o percentual dos que consideram preciso haver reforma sobe para 68%.
No quesito da renda, 51% dos que ganham até um salário mínimo veem necessidade de reforma. Já entre os que têm renda acima de cinco salários mínimos, o convencimento de que o sistema de aposentadorias deve ser revisado aumenta para 73%.
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Sobe apoio à idade mínima
PublicidadeAlguns indicadores foram tratados pelo CNI/Ibope em uma pesquisa de 2015 e puderam ser comparados. Um deles é o leve aumento do apoio à posposta de idade mínima para aposentadoria, algo que não existe hoje no Brasil. Há quatro anos, 65% concordaram que “é necessário estabelecer uma idade mínima com as pessoas vivendo até idades cada vez mais avançadas”.
Em 2019, a concordância com a afirmação subiu 72%. O CNI/Ibope também mediu a percepção de que no Brasil aposenta-se mais cedo do que em países desenvolvidos, como EUA, Alemanha, Inglaterra e França. Em 2015, 18% dos brasileiros estavam convencidos disso, diz a pesquisa. Agora essa parcela alcançou 24%.
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