Em meio a uma intensa batalha judicial e política, a Bolsa de Valores de São Paulo promove nesta sexta-feira (30), às 14h, o maior leilão do setor de saneamento do país, com a privatização da Cedae, companhia estadual de água e esgoto do Rio de Janeiro. Credenciaram-se para a disputa os consórcios Redentor, Rio Mais Operações de Saneamento, a Aegea e a Iguá Saneamento. Serão feitas ao todo 12 ofertas.
O governador interino, Cláudio Castro, ignorou decreto aprovado pela Assembleia Legislativa ontem suspendendo o leilão e manteve o certame. A venda da companhia prevê investimentos privados de R$ 30 bilhões ao longo de 35 anos. Os vencedores terão de assumir compromissos com o meio ambiente, inclusive a despoluição da Baía de Guanabara, projeto no qual devem ser investidos R$ 2,6 bilhões nos cinco primeiros anos da concessão.
A Cedae tem 4.864 empregados. De acordo com o último balanço comercial, a companhia começou 2020 com caixa de R$ 1 bilhão e encerrou com R$ 1,2 bilhão. O resultado contábil da companhia, no entanto, foi negativo, com déficit de R$ 247 milhões. A entrega das propostas com os valores ofertados por cada um dos quatro blocos licitados vai ocorrer poucas horas antes do leilão. Os vencedores terão de levar esgoto a pelo menos 90% dos domicílios fluminenses e abastecer com água 99% deles.
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