A prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15 (IPCA-15) acelerou a 0,89% em agosto. Esta é a maior variação para o mês desde 2002 quando o índice atingiu 1%. Em julho, o IPCA-15 foi de 0,72%, isto é, 0,17 pontos percentuais abaixo. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta (25).
No ano, o índice acumulou alta de 5,81% e, em 12 meses, de 9,30%, acima dos 8,59% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2020, a variação havia sido de 0,23%.
De acordo com o IBGE, oito, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em agosto. O setor de Habitação foi o que registrou o maior impacto (0,31 p.p) e a maior variação (1,97%). Em seguida vieram Transportes (1,11% e 0,23 p.p.), com variação próxima à do mês anterior (1,07%), e Alimentação e bebidas (1,02%), cujo resultado ficou acima do IPCA-15 de julho (0,49%) e contribuiu com 0,21 p.p. no índice do mês.
Os reajustes nos preços da energia elétrica, do botijão de gás e da gasolina contribuíram de maneira decisiva no aumento do índice de prévia da inflação. No A bandeira tarifária vermelha patamar 2, por exemplo, vigorou nos meses de julho e agosto, mas, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional dessa bandeira tarifária, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh.
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O único grupo a apresentar queda em relação ao mês anterior foi o Saúde e cuidados pessoais (-0,29%), que contribuiu com -0,04 p.p. para o índice geral.
Ainda conforme o IBGE, todas as áreas pesquisadas apresentaram inflação em agosto. O menor resultado ocorreu em Belo Horizonte (0,40%), influenciado pela queda das passagens aéreas (-20,05%) e taxa de água e esgoto (-6,40%). Já a maior variação foi registrada em Goiânia (1,34%), onde pesaram as altas da gasolina (6,31%) e da energia elétrica (3,60%).
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