O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) estima uma queda de 9,8% do PIB do segundo trimestre de 2020 em relação ao primeiro trimestre. O resultado é o pior dos últimos 40 anos.
O resultado negativo chega antes do Brasil ter se recuperado totalmente da última recessão econômica iniciada em 2015.
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“Dos 8,1% de perda acumulada durante a última recessão, que foi uma das mais severas de nossa história, havíamos recuperado apenas 5,3% quando a covid-19 chegou no Brasil”, escrevem as pesquisadoras Luana Miranda e Juliana Trece.
“Abril [de 2020] foi um mês de tombos históricos em todos os principais indicadores da atividade econômica brasileira. A indústria de transformação desabou 31,3%, na comparação com abril de 2019.”
As pesquisadoras avaliam que a queda vai regredir o nível da economia brasileira igual ao que era no terceiro trimestre de 2009. O cenário para o próximos meses é de uma recuperação lenta e pontual.
“Esperamos alguma recuperação ao longo do segundo semestre, de modo que o nível de atividade encerraria 2020 no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2010. A recuperação ao longo do próximo ano deverá ser lenta. Projetamos crescimento de apenas 2,5% em 2021, isto é, não recuperaremos nem metade do que foi perdido este ano.”
Até então, a pior queda da economia em comparação com o trimestre anterior havia sido de 4,7%, em 1990, durante o governo de Fernando Collor. Naquela época o Brasil enfrentava a terceira recessão analisada pela FGV. A situação era de intensa crise econômica após sucessivos planos mal sucedidos de estabilização fiscal.
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