O ministro da Economia, Paulo Guedes, acusou nesta quinta-feira (29), sem apresentar provas, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) de agir para quebrar a regra do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas à inflação do ano anterior.
Durante audiência pública do Congresso, Guedes também fez, sem citar nomes, críticas a um colega ministro. O chefe da equipe econômica tem travado uma disputa com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, sobre a política econômica do governo.
“A Febraban é o cartório institucionalizado dos bancos, é paga para isso. Ela financia até programa de estudo de ministro gastador, para enfraquecer ministro que quer acabar com privilégios. A Febraban faz lobby para enfraquecer ministro que está segurando a barra. É uma casa de lobby, e isso é justo, mas tem que estar escrito na testa: lobby bancário. A Febraban financia estudos que não tem nada a ver com operações bancárias, financia ministro gastador para ver se fura teto e derruba o outro lado.”
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A declaração de Guedes foi dada durante audiência pública da comissão do Congresso que acompanha a pandemia do coronavírus.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos negou ser contra o teto de gastos. “A Febraban sempre se posicionou pela necessidade de sustentabilidade fiscal como pressuposto da retomada econômica e pela defesa clara em favor da manutenção do teto de gastos”.
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