Mesmo com a expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em concluir a reforma da Previdência na próxima terça-feira (16), o governo federal jogou a toalha. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já admite que a votação do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) ficará para agosto, tempo para o Palácio do Planalto reagrupar o quórum para finalizar o debate na Câmara. A informação foi confirmada pelo Congresso em Foco com lideranças partidárias e da comissão especial da reforma da Previdência. O texto deve retornar ainda esta noite ao colegiado para aprovação da redação final.
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Onyx nega, no entanto, a existência de um acordo com as lideranças dos partidos da base de sustentação ao governo. Os aliados pediram para o segundo turno ser votado apenas em agosto, enquanto o governo acelera a liberação de emendas parlamentares. O Palácio do Planalto tem soltado as verbas para os municípios a conta gotas, o que aumenta a desconfiança entre os aliados.
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Por ora, o governo liberou três lotes de emendas: R$ 439,6 milhões, na quarta-feira (10), R$ 1,135 bilhão, na terça-feira (9), e R$ 176 milhões ontem à noite, em meio à votação da reforma no plenário na Câmara. Dono de uma bancada com 39 deputados, o PP considera essas liberações insuficientes.
Nesta sexta-feira (12), a Câmara aprovou regras mais brandas de aposentadoria para professores da ativa. Foi aprovada uma idade mínima de 55 anos para homens e de 52 anos para mulheres. Antes, essa regra de transição para a categoria previa idade mínima de 58 anos, se homem, e 55 anos, se mulher.
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