O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), não acredita que a reforma administrativa será votada neste ano ou mesmo em 2020.
“[É possível] ser discutida. Não sei se tem consenso para votar. O governo fala que quer acabar com a estabilidade do funcionalismo, isso, em ano eleitoral, duvido que alguém tenha coragem de votar”, disse o ex-dirigente da Força Sindical ao Congresso em Foco.
“A vontade do governo hoje vale muito pouco lá no Congresso”, afirmou o deputado ao ser questionado sobre a prioridade pedida pelo Executivo à proposta, ainda não enviada ao Legislativo. O Solidariedade faz parte do chamado Centrão, grupo informal de partidos que tem ditado a pauta do Congresso.
Paulinho contou que tem conversado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a reestruturação das carreiras dos servidores públicos, e que há um consenso de que o fim da estabilidade para a categoria não valerá para os funcionários atuais. Mesmo assim, segundo ele, a aprovação da medida não será fácil.
Pacote pós-Previdência
Depois da aprovação da reforma da Previdência no dia 21 outubro, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, estabeleceu como prioridades propostas que alteram regras orçamentárias e o funcionalismo público.
Inicialmente está prevista a apresentação de quatro propostas de emenda à Constituição (PECs) – uma sobre reforma administrativa, que deve começar a tramitar pela Câmara dos Deputados, e outras três relacionadas às regras orçamentárias, que vão ser acolhidas pelos líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e no Congresso Nacional, Eduardo Gomes (MDB-TO).
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