O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta terça-feira (14) que o governo vai reajustar o valor do salário mínimo para recompor as perdas da inflação, passando de R$ 1.039 para R$ 1.045. O valor deve começar a valer a partir de fevereiro.
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A mudança na quantia ocorre após o resultado do Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC), mensurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicar um valor maior que o previsto pelo mercado financeiro, que serviu como base para o cálculo que havia definido o valor do salário mínimo.
O presidente @jairbolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram nesta terça-feira (14) que o salário mínimo vai aumentar de R$ 1039 para R$ 1045 a partir de 1º de fevereiro. O novo valor repõe a inflação de 2019.
Publicidade— Planalto (@planalto) January 14, 2020
Com a mudança, o valor do salário mínimo supera a variação do INPC, que foi de 4,48% entre 2019 e 2020. O índice é utilizado como base para o cálculo do piso salarial e para reajustes de benefícios previdenciários, apesar do medidor oficial da inflação do governo ser o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,31% no ano passado.
A mudança no valor foi anunciada na tarde de hoje, após o presidente se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sede da pasta. De acordo com Bolsonaro, a alteração será feita por meio de uma medida provisória.
“Tivemos uma inflação atípica em dezembro. Não esperávamos que ela fosse tão alta assim. Foi basicamente da carne, e tínhamos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido. Então, ele passa, via medida provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro”, afirmou.
Também presente no anúncio, Guedes afirmou que o “espírito” da mudança é garantir o poder de compra dos brasileiros.
“O presidente já tinha aumentado em R$ 2 em janeiro acima da inflação para pagar justamente um erro cometido no ano passado. A inflação veio um pouco acima também [do esperado] e [o salário mínimo] ficou R$ 2 abaixo no ano inteiro [de 2019]. Para não repetir isso, o presidente falou: ‘Vamos já corrigir a partir de fevereiro'”, disse Guedes.
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