Em cerimônia de posse na manhã desta segunda-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que cobrará “transparência acima de tudo” de sua equipe econômica e, repetindo seu discurso de campanha, criticou a oposição e a imprensa, além de prometer rígido controle de recursos para organizações não governamentais (ONGs).
Bolsonaro não se alongou no tema econômico, mas disse que acredita que seus auxiliares não vão errar. “Nós não podemos errar. Se nós errarmos, os senhores bem sabem quem poderá voltar”, disse, em alusão ao PT.
Ao cobrar transparência, Bolsonaro disse que todos os atos de seu governo terão de ser públicos, assim como “o que ocorreu no passado”, sem o que chamou de “cláusula de confidencialidade pretérita”. O presidente fez uso de uma mesóclise, que virou marca dos discursos de seu antecessor, Michel Temer. “Aqueles que foram a essas instituições, porque eram amigos do rei, buscar privilégios, ninguém vai persegui-los, mas esses atos, ações e contratos tornar-se-ão públicos”, afirmou.
Bolsonaro afirmou ainda que se reuniu, pouco antes da cerimônia de posse, com seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e os novos presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e do BNDES, Joaquim Levy, aos quais deu posse nessa manhã.
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O presidente disse que apertou hoje a mão de Joaquim Levy – ex-ministro de Dilma – pela primeira vez, e perguntou a ele se o Brasil “vai dar certo”. “Se não fosse dar certo, não estaríamos aqui”, respondeu Levy, conforme Bolsonaro.
“Democratizar” verbas
PublicidadeEle também aproveitou a ocasião para reforçar outro discurso de campanha, afirmando que vai “democratizar” verbas publicitárias do governo. Bolsonaro critica desde o período eleitoral a imprensa, à qual acusa de “parcialidade”.
“Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos naquilo que nós, de maneira bastante racional, viremos a gastar com a nossa imprensa. E nós queremos, sim, que cada vez mais vocês sejam fortes e isentos. E não sejam, como alguns o foram há pouco tempo ainda, parciais”, discursou. Nos últimos dias, Bolsonaro seguiu e republicou, em sua conta no Twitter, postagens de perfis falsos que “parodiam” veículos de comunicação e jornalistas.
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