O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na tarde deste domingo (22) quatro medidas para aquecer a economia durante a crise do coronavírus. O volume de dinheiro previsto com as iniciativas totaliza R$ 55 bilhões.
As ações consistem na ampliação de crédito e condições mais vantajosas para pagamento de juros. Não há duração pré-definida e as medidas irão valer enquanto durar a crise.
O anúncio foi feito por meio de transmissão no YouTube e contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro também.
> Dólar fecha acima de R$ 5 pela primeira vez na história
Esta é a primeira vez que o banco de fomento estatal divulga ações específicas para a crise. No dia 11 de março, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que em um primeiro momento não seriam tomadas medidas anticíclicas. A mensagem foi reiterada por Montezano dois dias depois, no dia 13.
> Covid-19: “comunicação é essencial e governo saiu perdendo”, diz economista
> Guedes anuncia voucher de R$ 200 para trabalhador informal
De acordo com o presidente do banco, as ações divulgadas neste domingo foram transversais e em um segundo momento serão anunciadas medidas setoriais. “Os setores que forem priorizados pela Presidência em conjunto com os ministérios serão priorizados pelo banco”, disse Montezano.
Apesar de ter falado que vai combinar com outros membros do governo federal os setores a serem auxiliados, o presidente do BNDES adiantou que há acordo para ajudar companhias aéreas, turismo, estados e municípios.
Leia a íntegra das medidas anunciadas neste domingo:
-
- Transferência de recursos do PIS/Pasep para FGTS (R$ 20 bilhões). Já anunciada nesta semana pelo Ministério da Economia.
- Standstill, ou seja, suspensão de pagamento de juros, por seis meses, para operações diretas (R$ 19 bilhões).
- Standstill por seis meses nas operações indiretas (R$ 11 bilhões).
- Ampliação de capital de giro para micro, pequenas e médias empresas (R$ 5 bilhões).
Assista o vídeo completo do anúncio:
> Guedes anuncia R$ 147 bi para reduzir impactos do coronavírus na economia