O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (16), elevar para 4,25% ao ano a taxa básica de juros. O aumento foi de 0,75 ponto percentual em relação ao índice fixado anteriormente.
A nova alta da Selic já era esperada pelo mercado e havia sido sinalizada pelo próprio Copom em sua última ata. Este é o terceiro aumento consecutivo da Selic.
Em março, a taxa passou de 2% (menor índice da série histórica, que se manteve por sete meses) para 2,75%. E, em maio, subiu para 3,5%. Com o novo percentual, a Selic volta ao patamar de março de 2020, período em que a pandemia chegou ao Brasil.
No comunicado feito após a reunião, o Banco Central apontou otimismo sobre uma possível recuperação econômica pós-pandemia. ”
Estímulos fiscais e monetários em alguns países desenvolvidos promovem uma recuperação robusta da atividade econômica. Devido à presença de ociosidade, a comunicação dos principais bancos centrais sugere que os estímulos monetários terão longa duração”, indicou o BC. O mesmo valeria para o Brasil: “apesar da intensidade da segunda onda da pandemia, os indicadores recentes continuam mostrando evolução mais positiva do que o esperado, implicando revisões relevantes nas projeções de crescimento.”
No entanto, todos os indicadores de inflação estão acima do esperado pela instituição. “A persistência da pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, sobretudo entre os bens industriais”.
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