Nunca a frase “não existe almoço grátis” teve tamanha atualidade no Brasil. Ela nasceu nas ruas e foi celebrizada pelo economista liberal americano Milton Friedman, que a adotou como título de um de seus livros.
Independente de ter me associado a vertentes de pensamento que diagnosticavam as imperfeições no funcionamento dos mercados, as distorções produzidas por elas e a relevância da ação compensatória do Estado, paulatinamente fui percebendo a extrema fragilidade daqueles que imaginavam a possibilidade de uma economia de decisões centralizadas e planificadas como remédio contra crises e desequilíbrios, em substituição ao sistema de decisões descentralizadas do mercado, onde milhões de atores interagem em busca da maximização de seus ganhos e da defesa de seus interesses individuais, corporativos ou setoriais.
É inevitável admitir que a queda do Muro de Berlim, a dissolução da URSS, a atual crise venezuelana com inflação, recessão e desabastecimento e o próprio estrangulamento fiscal do Estado de bem-estar social evidenciaram os limites e as consequências nefastas do excessivo intervencionismo estatal. O mercado, esta invenção histórica humana, com suas imperfeições e eventuais distorções, revelou sua superioridade como centro de comando na alocação dos recursos disponíveis.
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No Congresso Nacional, há oito anos, assisto ao exercício permanente de visões que misturam ingenuidade, demagogia, falta de conhecimento e, às vezes, má fé, como se houvesse “almoço grátis”. Nesse paraíso de ilusões, querem simultaneamente aumentar despesas (educação, saúde, segurança, obras, salários, benefícios), diminuir impostos e aumentar subsídios e renúncias fiscais. Diante das contradições inevitáveis que a realidade coloca, nasce uma palavrinha mágica: “vontade política” como se o desejo abstrato e subjetivo pudesse criar riquezas. Nessa equação, a soma das partes é sempre maior que o todo.
A greve dos transportes e seus desdobramentos têm sido uma experiência pedagógica para a sociedade brasileira. Embora a maioria da população tenha apoiado o movimento, começamos, pouco a pouco, a descobrir que tudo tem custo, que retrocessos estão ocorrendo e que se alguns ganham, outros perdem.
O intervencionismo atabalhoado de Dilma nos levou à maior recessão das últimas décadas. É uma pena que o aprendizado não tenha sido consolidado. Será que é uma escolha social correta subsidiar combustível fóssil realocando recursos escassos tão necessários nas políticas sociais e na infraestrutura? Será que as experiências passadas não nos ensinaram que controle de preços, tabelamento de fretes, interferência externa na lógica empresarial de estatais que têm ações em bolsa, subsídios não explícitos, não produzirão desenvolvimento, justiça social e prosperidade?
Não é nada fácil, nestas terras tropicais, a luta do iluminismo racional contra as trevas do populismo, da demagogia, do voluntarismo estéril e do intervencionismo desorganizador.
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A greve dos caminhoneiros é uma experiência para a classe política que como colunista disse: ” No Congresso Nacional, há oito anos, assisto…” diria que participa, pois recentemente foi autor do tal fundo partidário, como se não houvesse financiamento público de campanhas milionárias. Basta deputado ver a lista da PGFN e constatar que senadores e deputados federais juntamente com empresas devem à União bilhões. Como falar em iluminismo racional fazendo parte de um gasto de mais de 10 bilhões anual? O deputado assim como toda, toda a classe política atual é um câncer na sociedade. Em outubro voto 00.
Não existe solução possível com a manutenção do monopólio estatal. É preciso privatizar urgentemente!
O Brasil é um “país de esquerda”, com um povo medíocre e ignorante, regido por uma Constituição feita por criminosos que a todo momento fomenta o mito do “almoço grátis” sendo fornecido pelo Estado que tudo provê (e proverá). Não há chance de mudança senão através de um cataclismo ou muitas bombas nucleares.