Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Eliziane Gama (PPS-MA) bateram boca, nesta terça-feira (12), durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), por causa das investigações do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes. Eliziane interrompeu as discussões sobre um projeto de política fiscal para cobrar a apuração dos mandantes do crime, após a prisão, na última madrugada, de dois suspeitos de serem os executores do duplo homicídio.
Aziz contestou a senadora. “É, mas não só com a Marielle. Nós deveríamos ter força-tarefa para todas as mulheres que são assassinadas no Brasil, independentemente do nome, porque há muitas mulheres incógnitas no Brasil que são assassinadas também. Elas só não têm a felicidade de serem um nome nacional, como é a Marielle. A Marielle foi assassinada juntamente com um rapaz que era motorista dela, cuja família deve estar passando por dificuldades, até porque era ele quem pagava as contas”, afirmou.
Veja o vídeo do bate-boca:
O senador também criticou o ex-ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, colega de partido de Eliziane, que havia sido elogiado pela senadora. Jungmann foi o interlocutor do governo Michel Temer com os investigadores do atentado e responsável pela entrada da Polícia Federal para apurar se uma organização criminosa tentava interferir nas apurações.
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“E as outras mulheres que foram assassinadas na época em que o Raul Jungmann foi [ministro]? Ele fez esse tipo de esforço? Não, não fez. Então, ele não pode ser parabenizado somente por um ato. Ele tem de ser parabenizado pelo conjunto da obra, e o conjunto da obra dele foi fraco. As nossas fronteiras estão descobertas, o país continua… Fizeram uma intervenção no Rio de Janeiro que não deu em absolutamente nada, só factoide”, disparou.
Eliziane disse, então, que Aziz havia sido infeliz ao falar sobre a vereadora assassinada. “O senhor falou da felicidade que a Marielle teve em morrer, em ser uma pessoa de…”. O senador a interrompeu: “Não, não, não! Não faça isso não.”
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A senadora reafirmou a crítica ao colega e cobrou que ele se retratasse: “Vossa Excelência falou! Está registrado e pode colocar novamente. Disse que as mulheres, infelizmente, não tiveram a felicidade que a Marielle teve de ter uma repercussão nacional e internacional. Então, a palavra infeliz foi de vossa excelência. Outra coisa: estou aqui destacando um crime brutal, grotesco…”
Aziz se recusou a pedir desculpas e disse que quando falava em felicidade se referia ao fato de o assassinato de Marielle ser investigado com o “que se tem de melhor no Brasil”.
“Não vou lhe pedir desculpas pelas palavras que eu coloquei. Todas aquelas que eu coloquei reafirmo. Quando eu falo em felicidade é porque o crime dela está sendo investigado pelo que se tem de melhor no Brasil. Foi isso. Agora, a senhora querer aqui dimensionar barbárie em um assassinato. A senhora não tem essa qualificação para dimensionar. Para mim, assassinato é assassinato”, declarou. “Eu não retiro um milímetro do que eu falei e reafirmo para a senhora: quando eu falo em felicidade, não foi o assassinato da Marielle. Falo na felicidade porque a família dela saberá e colocará na cadeia os autores desse brutal assassinato”, emendou.
O senador ainda sugeriu à colega que cobrasse da mesma maneira a investigação de outros assassinatos. Eliziane disse que 4,6 mil mulheres são assassinadas no Brasil e que todos os casos precisam ser elucidados pela polícia, independentemente da condição da vítima. Aziz, então, chamou a discussão de “mimimi”. “Não vou bater boca com a senhora, porque acho que a senhora está querendo colocar… Quer se melindrar, fazer ‘mimimi’ em discussão que não é por ‘mimimi’, afirmou. Alguns senadores se juntaram a Eliziane, criticaram o uso da expressão por Omar Aziz e pediram o fim da discussão.
Na madrugada desta terça, foram presos o sargento reformado da Polícia Militar do Rio Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, expulso da corporação, acusado de conduzir o veículo que levava o atirador. Os investigadores tentam descobrir quem foi o mandante da execução, que completa um ano na próxima quinta-feira (14).
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de longe parece o Sérgio Cabral.
Mimimi – a palavra favorita das milícias virtuais da “direita conservadora”.
Meu Deus! Como esse pessoal de esquerda distorce tudo que se fala e como são hipócritas.
Só para comparação, vimos a indignação/condenação de todos os políticos, de todos os partidos quanto ao assassinato da Mariele. Mesmo que os de ideologia de direita, naturalmente, não tenha feito disso uma bandeira política, mas condenaram e condenam o fato.
Agora, fazendo um paralelo com o caso do Bolsonaro (a facada), não vemos o pessoal de esquerda lamentar, ao contrário, a maioria comemorou e até lamentou que o tal Adélio não tenha sido eficiente e eficaz.
SÃO BANDIDOS, HIPÓCRITAS E NOJENTOS!
O senador canalha está incomodado pq prenderam o assassino. Ele se incomodou com o tratamento que o Bozo teve quando levou a facada? Ele falou “Que felicidade do Bozo, pq centenas morrem sem ter direito a um atendimento assim” . Ele falou isso?
A Senadora interrompeu assuntos econômicos – comissão errada para as cobranças, correto o Senador Aziz ao lembrar que demais vítimas não recebem a mesma atenção.
Claudio, ele como senador recebe uma excelente assistência médica, para citar apenas um privilégio. E quem banca isso? Eu e vc como contribuintes. Ele levanta a voz para dizer que todo brasileiro (a) deveria ter uma assistência médica como a dele? A fala dele foi de muita hipocrisia.
ESTA SENHORA É LOUCA COMO TODOS (AS) ESQUERDOPATAS, SÃO!!!!!!
Como o chefe do executivo, nossos congressistas têm a língua e os dedos mais rápidos que o pensamento. O problema é que, sim, 99% das vezes é sim o que eles querem dizer. Literalmente.