A Aliança Nacional LGBTI+ vai promover, na próxima semana, um evento com os principais partidos políticos do país para discutir e traçar estratégias em defesa direitos da comunidade para as próximas eleições. O Congresso em Foco é um dos apoiadores do encontro, que vai ser realizado entre segunda (20) e quarta-feira (22).
“Queremos pessoas que não tenham vergonha de defender a cidadania de todos, inclusive pessoas LGBTI, incluídos partidos e candidaturas. Pagamos impostos, somos cidadãos e merecemos respeito”, diz o ativista Toni Reis, organizador do evento. “Precisamos tirar a política do armário”, acrescenta.
O III Seminário de Advocacy, Saúde e Cidadania LGBTI+ pretende criar estratégias claras e específicas para ampliar a visibilidade da causa no debate político. A ideia é reunir representantes de 14 partidos políticos, da esquerda à direita, para reduzir o “muro” entre as estruturas partidárias e a comunidade.
Com o objetivo de promover um Brasil “de todas e todos com diversidade e respeito para candidatos/as às eleições 2018”, a aliança lançou ontem (quinta, 16) a plataforma LGBTI+ Eleições 2018. O site já conta com a assinatura de 74 candidatos, entre pessoas aliadas e outras que se declararam LGBTI+.
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Para Toni Reis, que é diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, é importante expandir a defesa dos direitos da comunidade, que tem amparo em partidos de esquerda, para legendas de centro e direita. “Queremos abrir o leque de alianças porque essa sempre foi uma bandeira do setor da esquerda. Nós precisamos ampliar nossos horizontes até a direita liberal”, diz, acrescentando que o diálogo deve ser feito de forma transparente e ética.
O principal objetivo do encontro, segundo Toni, é dialogar. Além de representantes de partidos, estarão presentes militantes, advogados e outros parceiros. “Nós não queremos que a nossa comunidade seja a mais vulnerável e atacada. Só a partir do pluripartidarismo vamos conseguir força”, disse. “Nós não queremos privilégios, queremos direitos iguais.”
Apesar de pedir apoio dos partidos, a plataforma não pretende virar palanque eleitoral. “Quero que a gente não seja moeda de troca ou de chantagem. O que nós queremos são direitos iguais”, explica Toni. No evento, serão discutidas estratégias para buscar apoio de outros candidatos na eleição, além de produzir respostas rápidas para situações discriminatórias.