A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu em entrevista à Folha de S. Paulo o direito da família comprar e mostrar para seus filhos conteúdos como a história em quadrinhos em que aparecia um casal homossexual se beijando e que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, tentou censurar. Damares também se mostrou contrária a tentativa de censura, pois nas palavras da ministra a criança “pertence a família”, cabendo a esta decidir a que tipo de conteúdo deseja permitir o acesso da criança.
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A ministra afirmou que não acompanhou o caso de perto, por estar fora do Brasil, e por isso não iria criticar Crivella. Mas quando questionada se defende a tentativa de censura do prefeito, Damares disse não concordar. “Não, não defendo. Porque, se o material era para adulto, não era para criança, e se o pai quiser comprar e dar para a criança, a criança pertence à família. Se a família acha que deve dar, a família dá”, disse a ministra à Folha.
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Na mesma ocasião, Damares defendeu licença maternidade nos moldes da Hungria. “Licença maternidade na Hungria. São três anos. Olha que incrível? No primeiro ano, a mulher ganha 100% do salário. No segundo, 80%. No terceiro, 50%. Se quiser voltar ao trabalho no segundo ou no terceiro, pode voltar”, disse a ministra que deseja que no Brasil tanto a mãe quanto o pai tenham mais tempo para se dedicar aos filhos antes de voltarem ao trabalho.
Para a mãe, um ano seria adequado na visão da ministra e para o pai três meses. “Mas olha o problema que a gente vai ter ainda no Brasil para chegar a esse objetivo. A indústria vai reagir, o comércio vai reagir, mas a Hungria conseguiu”, alerta Damares.
A entrevista aconteceu no estúdio da Folha em parceria com o UOL em Brasília, e foi divulgada no site do jornal neste domingo.
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