Assessora parlamentar do senador Magno Malta (PR-ES), Damares Alves foi anunciada na tarde desta quinta-feira (6) como a futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. Advogada e pastora evangélica, Damares já vinha sendo sondada para o cargo e ficará, entre outras atribuições, com a Fundação Nacional do Índio (Funai), cujo destino vinha sendo alvo de declarações contraditórias entre os futuros ministros de Jair Bolsonaro (PSL).
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Damares afirmou que as prioridades, em seu ministério, serão “políticas públicas que ainda não chegaram até as mulheres” e também populações que, segundo ela, foram negligenciadas pelos últimos governos, como os ciganos. Na página do Senado, ela consta como “auxiliar parlamentar júnior” de Magno Malta, nomeada em 2015, com rendimento bruto de R$ 5,4 mil. Damares se diz “a favor da vida” e afirmou que deseja “construir um governo de paz” com todos os setores da sociedade, incluindo os movimentos LGBT.
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Este foi o penúltimo ministério com nome anunciado entre os 22 que comporão a futura Esplanada de Bolsonaro. Aliado do capitão da reserva e entusiasta da campanha bolsonarista, Magno esperava também ser indicado ministro (leia mais abaixo), mas o presidente eleito já descartou a ideia. Agora resta em aberto apenas o nome de quem comandará o Meio Ambiente.
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A futura ministra afirmou que “virão para o protagonismo a mulher ribeirinha, a mulher pescadora, a mulher catadora de siri, a quebradora de coco”, grupos que, segundo ela, são “anônimos e invisíveis”. Ela é a segunda mulher confirmada no gabinete do próximo governo. A primeira foi a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), que comandará a pasta da Agricultura.
Ciganos e movimento LGBT
Perguntada sobre que segmentos vinham sendo negligenciados pelos Direitos Humanos no Brasil nos últimos anos, Damares citou os ciganos.”Nós temos em torno de 1,2 milhão de ciganos no Brasil. A mulher cigana circula nas ruas nessa nação de uma forma invisível”, disse a futura ministra. Ela avalia que os ciganos têm uma injusta imagem de “mentiroso,enganador e trapaceiro” e prometeu que o governo vai estar “trabalhando junto com os acampamentos no Brasil”.
“Eu tenho entendido que dá para a gente ter um governo de paz entre o movimento conservador, o movimento LGBT e os demais movimentos”, afirmou Damares. A futura ministra garantiu que “tem uma relação muito boa” com os grupos de defesa dos homossexuais.
Magno Malta
A futura ministra é assessora de Magno Malta no Senado desde 2015. O parlamentar do PR, que foi um dos maiores aliados de Bolsonaro durante a campanha presidencial e não se elegeu em outubro, revelou ao site The Intercept ter sentido “mágoa” pela forma como foi tratado pelo círculo próximo de Bolsonaro após as eleições. Questionado sobre o assunto nesta quarta-feira (5), o presidente eleito disse que “as portas do governo estão abertas” para o congressista capixaba.
Damares disse ter falado com Malta sobre a escolha do governo. “O senador até esse momento ainda é meu chefe. Ele sabe do convite, está feliz e entende que eu fui convidada por causa do meu trabalho ao longo de anos”, arrematou.
Este foi o penúltimo ministério com nome anunciado entre os 22 que comporão a futura Esplanada de Bolsonaro. Agora resta em aberto apenas o nome de quem comandará o Meio Ambiente.
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