As organizações não governamentais são as estrelas do novo escândalo do orçamento, que desvia recursos públicos de emendas parlamentares para o Ministério do Turismo destinadas a financiar festas, forrós, carnavais e outros eventos. Essas ONGs são contratadas para fazer eventos que, ao final, revelam várias irregularidades. Há desde superfaturamento, ações não comprovadas na prestação de contas até a não realização mesmo do evento. No final, toda a lista de festas e eventos contestados resulta numa cobrança pelo Ministério do Turismo de R$ 67 milhões de volta, como antecipou este site. Na maioria dos casos contestados, são ONGs que receberam dinheiro do Ministério do Turismo, com o apoio de emendas de deputados e senadores, para organizarem os eventos. Mas a lista, divulgada hoje (15) com exclusividade pelo Congresso em Foco, também tem um número expressivo de prefeituras.
Veja a lista completa dos convênios contestados
O governo cobra, em média, R$ 146 mil de cada convênio considerado irregular. A lista tem diversos devedores famosos. A escola de samba Portela, do Rio de Janeiro, por exemplo, é cobrada a devolver R$ 525 mil. De acordo com o Siafi, faltaram documentos para comprovar a aplicação correta do dinheiro na proposta de enredo da escola para o carnaval de 2006. Naquele ano, o samba enredo foi “Brasil, mostra tua cara”.
Vídeo do samba enredo da Portela em 2006