Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que, em 2017, o senador eleito e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), recebeu 48 depósitos em dinheiro em sua conta bancária. Os depósitos, que somam R$ 96 mil, foram feitos em cinco dias.
O Coaf considerou a movimentação suspeita em relatório obtido pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. Os 48 depósitos de R$ 2 mil, aponta o documento, foram feitos no autoatendimento de uma agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
STF suspende, a pedido de Flávio Bolsonaro, investigação sobre Queiroz
Todos os depósitos foram feitos entre 9 de junho e 13 de julho de 2017. No dia 9 de julho daquele ano, foram feitos dez depósitos em cinco minutos, entre as 11h02 e 11h07. Seis dias depois, em 15 de junho, outros cinco depósitos foram feitos no espaço de 2 minutos, entre 16h58 e 17h00. Em 27 de junho, a conta de Flávio Bolsonaro recebeu mais 10 depósitos, realizados em 3 minutos, das 12h21 às 12h24. No dia seguinte foram feitos mais 8 depósitos no espaço de 4 minutos, das 10h52 às 10h56. Os últimos 15 depósitos no relatório foram identificados no dia 13 de julho e feitos em seis minutos.
Leia também
O Coaf, segundo a reportagem do Jornal Nacional, não conseguiu identificar quem fez os depósitos na conta do filho de Bolsonaro. A suspeita do Coaf é de ocultação da origem do dinheiro, pela forma fracionada que os depósitos foram feitos.
O relatório foi produzido a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a partir da investigação das movimentações financeiras dos funcionários da Alerj. A suspeita inicial é de que os funcionários de gabinetes da Alerj estivessem devolvendo parte de seus salários.
Flávio Bolsonaro não comparece ao MP para esclarecimentos sobre caso Queiroz
Após o pedido de ampliação, feito pela Promotoria em 14 de dezembro, o Coaf entregou o novo relatório três dias depois, em 17 de dezembro. Flávio Bolsonaro foi diplomado senador no dia 18 de dezembro e não tinha foro privilegiado quando o MP pediu a ampliação da investigação.
À reportagem do Jornal Nacional, o MP negou que Flávio Bolsonaro fosse investigado e que tenha havido quebra de sigilo do senador eleito por ter se baseado em norma do Conselho Nacional do Ministério Público, que autoriza pedidos de relatórios de inteligência do Coaf. Para o MP, as investigações de movimentações financeiras atípicas podem virar procedimentos cíveis para investigar improbidade administrativa.
Caso Queiroz
No início de dezembro do ano passado, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) rastreou a movimentação bancária de R$ 1,2 milhão por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.
Queiroz já foi convidado a prestar esclarecimentos ao MP, mas faltou em todas as datas, alegando problemas de saúde. Sua esposa e filhas também não compareceram para prestar depoimentos, afirmando que estavam acompanhando Fabrício Queiroz no hospital.
Segundo ele, seus problemas de saúde estão relacionados à exposição de seu nome na mídia. Alegando fortes dores, Queiroz faltou a depoimentos marcados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O ex-assessor parlamentar foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino e ficou internado de 30 de dezembro a 8 de janeiro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, um dos mais caros do país. Ele contou que fará sessões de quimioterapia, que poderão durar de três a seis meses.
“Como se eu fosse o pior bandido do mundo”, reclama Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro
Parabéns pela inteligencia, limite diário pra não tributar tudo dentro da normalidade!!!
Quem erra tem que pagar. São 22 na lista do COAF com “movimentações atipicas”. Recebi a lista de 20. Tem que manter essa lista em todas as matérias sobre o caso:
André Ceciliano (PT) R$49,3 Milhões
Paulo Ramos (PDT) R$30,3 Milhões
Márcio Pacheco (PSC) R$25,3 Milhões
Luiz Martins (PDT) R$18,5 Milhões
Dr. Deodalto (DEM) R$16,3 Milhões
Carlos Minc (PSB) R$16,0 Milhões
Coronel Jairo (PSC) R$10,2 Milhões
Marcos Müller (PHS) R$7,8 Milhões
Luiz Paulo (PSDB) R$7,1 Milhões
Tio Carlos (SD) R$4,3 Milhões
Pedro Augusto (MDB) R$4,1 Milhões
Átila Nunes (MDB) R$2,2 Milhões
Iranildo Campos (SD) R$2,2 Milhões
Márcia Jeovani (DEM) R$2,1 Milhões
Jorge Picciani (MDB) R$1,8 Milhões
Eliomar Coelho (PSOL) R$1,7 Milhões
Flávio Bolsonaro (PSL) R$1,2 Milhões
Waldeck Carneiro (PT) R$0,7 Milhões
Benedito Alves (PRB) R$0,5 Milhões
Marcos Abrahão (Avante) R$0,3 Milhões
TODOS ESTAVAM NA LISTA DO COAF, MÍDIA VENDIDA, PARE DE SELETIVIDADE.
Sem conversa fiada. A lei é pra todos. Errou tem que pagar pelos erros.Se assim não quiser. Que seja honesto.
A rede Globo deu um furo para desmascarar a clã bolsonaro. Expurgando o crime de ter apoiado a ditadura. Elês eram contra o foro privilegiado, agora querem apelar. Que se expliquem e parem de fugir . Se é que tem explicação.
O Collor caiu por um simples Fiat Elba.Se quebrarem os sigilos veremos que o patrimônio milionário do Bozo é sujo.Lembram das desculpas esfarrapadas sobre empréstimo?E os 24 mil da Micheque?Ao invés de transparência, temos um governo de transferência…???
Onde estava o COAF nas gestões do Temer, Dilma, Lula, FHC?, há um forte odor fétido de esgoto no ar vindo do COAF. Criem vergonha na cara!.
Ninguém está acima da lei. Inocentes que nada temem não atacam os órgãos de investigação. Mensalão e Petrolão foram adiante pela colaboração do COAF. O COAF só fez o que é pago pra fazer: indicar movimentações suspeitas.
Exato Felix, onde estava o COAF nas gestões passadas, para “revirar a vida ” de cada integrante direto das gestões?, porquê só agora?, a menos que vc concorde que somente o filho do Presidente “cometeu ilícito”, o COAF está sendo “seletivo”?
COAF estava onde sempre esteve. Como eu escrevi o COAF foi decisivo no Mensalão e no Petrolão,que não aconteceram no desgoverno atual. O COAF atua há anos e só é desconhecido por gente mal informada.