A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (26) o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda. Ele foi preso no apartamento funcional de sua mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB-TO), que não é investigada no caso.
O ex-governador é investigado por corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.
A PF estima que o esquema atribuído a Miranda tenha causado prejuízos de mais de R$ 300 milhões aos cofres públicos. Na operação batizada como “12º Trabalho”, a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva. Também são alvos dos mandados de prisão o pai do ex-governador, José Edmar Miranda, e um irmão, José Edmar Miranda Junior.
A investigação tem como base várias operações, como a Reis do Gado, a Marcapasso, a Pontes de Papel, a Convergência e a Lava Jato.
Marcelo foi cassado pela última vez em março do ano passado. Cinco meses depois, ele foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão por peculato e fraude à licitação pela contratação de uma entidade para gerir os hospitais estaduais em 2003 e 2004, durante sua gestão.
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Segundo a PF, os investigados continuam a usar laranjas para dissimular a origem ilícita de bens móveis e imóveis, frutos de propina. De acordo com a acusação, o grupo movimentava recursos originários de corrupção no comércio de gado, empresas de fachada, construção e venda de imóveis mesmo após as investigações terem se tornado públicas.
O nome da operação faz referência a um dos trabalhos de Hércules, personagem da mitologia grega. O 12º trabalho é considerado o mais complexo desafio, que consiste na captura de Cérbero, um cão de três cabeças que, segundo a mitologia, guardaria a entrada para o mundo dos mortos.
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