O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), iniciaram a coleta de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o uso do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para interferir em investigações do Ministério Público que envolvam familiares do presidente Jair Bolsonaro.
“É um ataque à Constituição e às leis do país o presidente da República usar seu cargo público e as instituições de inteligência para tentar livrar seu filho de uma investigação criminal, conduzida pelo Ministério Público. Não é assunto de segurança familiar, mas de blindagem da família contra a aplicação da lei. Vamos tomar todas as medidas para apurar esta gravíssima denúncia que, se comprovada, constitui claramente crime de responsabilidade”, disse o líder do PSB na Câmara.
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chamou o Conselho de Ética do Senado, que ainda não tomou posição sobre o caso do senador Flávio, de “figurativo”. A intenção é instalar uma CPI mista, mas, segundo os parlamentares, ainda não se sabe o requerimento terá apoio no Congresso. “A gente espera que uma denúncia grave dessas mobilize os parlamentares e a partir de terça-feira começamos a coletar as assinaturas”, afirmou.
São necessárias 171 assinaturas para a instalação da CPI na Câmara e 27 no Senado. A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ) admitiu que recorreu ao GSI contra investigação sobre o esquema de rachadinha em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O caso foi revelado pela coluna do jornalista Guilherme Amado na revista Época.
> Defesa de Flávio Bolsonaro admite ter recorrido ao GSI contra investigação
É uma boa pergunta.
A investigação é sobre todas as rachadinhas ou só sobre as rachadinhas do 01?