O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta quinta-feira (14) que serão investigadas supostas candidaturas “laranjas” por parte do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, nas últimas eleições. Suspeitas nesse sentido vêm sendo levantadas em reportagens do jornal Folha de S. Paulo desde o início do mês.
“O senhor presidente Jair Bolsonaro proferiu uma determinação e essa determinação está sendo cumprida. Os fatos vão ser apurados e, eventuais responsabilidades, após as investigações, vão ser definidas”, afirmou Moro na saída de um evento com juízes federais em Brasília.
As suspeitas envolvem o ministro-chefe da Secretaria da Presidência, Gustavo Bebianno, que teve o futuro no cargo colocado em dúvida pelo próprio presidente Bolsonaro, em entrevista à TV Record.
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A Folha havia informado, no último sábado, que o PSL repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal em Pernambuco que teve 274 votos, três dias antes da eleição, o que é um indício de uma candidatura laranja. Anteriormente, suspeitas do uso deste artifício já haviam pairado sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL).
Crise
Bolsonaro disse em entrevista concedida à Record TV antes ainda de receber alta no Hospital Albert Einstein na última quarta (13) – mas veiculada após seu retorno a Brasília – que demitirá o ministro se for comprovado que ele participou de um esquema de candidatura laranja do PSL na eleição.
“Se estiver envolvido, logicamente, e responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser voltar às suas origens. Em nenhum momento conversei com ele”, afirmou. Bolsonaro contou que determinou à Polícia Federal que apure as denúncias.