A 13a Vara Justiça Federal em Curitiba aceitou a denúncia contra o ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho por recebimento de R$ 3 milhões em propina quando era senador Federal e presidia a Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, instaurada no Congresso Nacional em 2014. Além dele, outras nove pessoas foram denunciadas por corrupção e lavagem de dinheiro neste mesmo esquema.
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Na decisão, o juiz federal Luiz Antonio Bonat descreveu que o pagamento de vantagem indevida realizado por executivos da OAS ao então senador Vital do Rêgo (MDB) ocorreu em razão do cargo que exercia. Em contrapartida aos pagamentos, o ex-senador atuaria para evitar a convocação dos executivos da OAS para depor na CPI da Petrobras, que apurava os esquemas revelados pela Lava Jato praticados pro agentes públicos na estatal.
As investigações do Ministério Público apontam que os pagamentos foram realizados por meio de celebração de contratos fictícios pela OAS com a empresa Câmara e Vasconcelos, viabilizando a entrega de R$ 2 milhões em espécie ao então senador. Outro repasse no valor de R$ 1 milhão teria sido feito por meio de contratos superfaturados pela empreiteira com a Construtora Planície.
Na terça-feira (25), a Operação Lava Jato cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Brasília e na Paraíba, com o objetivo de apurar o esquema de pagamento de propina que envolve o atual ministro do TCU.
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