O procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu o pedido para que seja aberta uma investigação criminal contra o presidente Jair Bolsonaro, com base em uma matéria da Folha de S. Paulo, que mostra movimentações salariais atípicas de assessores do então deputado federal.
Em matéria divulgada no último dia 4, a Folha analisa documentos relativos aos 28 anos em que Bolsonaro foi deputado federal. Nesta análise é possível constatar “intensa e incomum rotatividade salarial de seus assessores, atingindo cerca de um terço das mais de cem pessoas que passaram por seu gabinete nesse período”, conforme aponta a reportagem.
Dentre as movimentações atípicas, estão exonerações de auxiliares com recontratação no mesmo dia, o que gerava ônus aos cofres públicos.
A Folha ainda mostra que “de um dia para o outro, assessores chegavam a ter os salários dobrados, triplicados, quadruplicados, o que não impedia que pouco tempo depois tivessem as remunerações reduzidas a menos de metade”.
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Os relatos da reportagem acenderam o alerta vermelho para o advogado Ricardo Bretanha Schmidt, de Santa Catarina. O advogado acredita que existe a possibilidade de ter sido cometido o crime de peculato (rachadinha) por parte do então deputado federal. Com base nisso, ele pede apuração por parte do PGR, para que se aprofunde nos dados divulgados pelo jornal.
“Assim, o ora noticiante, por entender estarem presentes indícios de materialidade e autoria, requer seja a presente petição enviada ao Procurador Geral da República, a fim de que se manifeste acerca da possibilidade de apuração”, diz o documento.
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