O extraordinário desempenho da economia do Oeste baiano nos últimos anos tem se tornado cada vez mais visível. A região assume extrema importância no cenário da economia estadual, lançando bases sólidas para sua inserção definitiva no grupo das principais regiões produtoras de grãos no país. No último ano, foi responsável pela produção de 5,5 milhões de toneladas. Na sua matriz produtiva, os grãos – soja, milho, algodão e feijão – se constituem no principal elemento do cenário econômico, seguidos do arroz, da fruticultura, do café, da mamona e do sorgo. Tal produção tem tornado a região conhecida como uma das mais desenvolvidas em relação ao agronegócio brasileiro, já que se tornou recordista de produção de milho, soja e feijão, com índices acima da média nacional.
Nesse contexto, destacamos também como relevante para o desenvolvimento da região a aprovação da Universidade Federal do Oeste da Bahia, instalada em Barreiras, com quatro campi nos municípios de Barra, Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória e Luiz Eduardo Magalhães.
Apesar desses aspectos positivos, alguns desafios persistem para que a região se consolide como importante polo de desenvolvimento regional e econômico. Dentre eles, está a necessidade de uma melhor infraestrutura de logística para o escoamento da produção, com a implantação de novos armazéns públicos. Visando suprir essa carência, solicitei a instalação de armazém da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no município de Luis Eduardo Magalhães, com capacidade de 150 mil toneladas.
Outro desafio é a efetivação da construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e do Complexo Intermodal Porto Sul, além da urgente efetivação de medidas no controle da praga Helicoverpa armigera, que tem causado sérios prejuízos para a produção de grão nos municípios da região.
Há um aspecto que necessita ser superado e está relacionado a uma questão política gerada pela grande distância geográfica em relação à capital do Estado, o que faz com que muitas entidades representativas da sociedade considerem que a região não possui poder político para inferir nas decisões dos projetos regionais.
Para colaborar com propostas visando à solução destes diversos gargalos e traçar uma estratégia para fortalecer e contribuir com a consolidação do desenvolvimento da região, no início de 2012 apresentei à Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia uma proposta de criação, pelo governo do estado, de uma Agência de Desenvolvimento para o Oeste Baiano.
Este órgão terá a finalidade de unir forças de instituições públicas e entidades privadas na promoção do desenvolvimento econômico e sustentável da região. Com isso, teríamos um importante fórum propondo ações que possibilitem à região tornar-se mais competitiva, moderna e empreendedora. Além disso, criaríamos na região uma cultura voltada ao planejamento de programas e políticas públicas, com a participação dos setores econômicos e sociais, governo estadual e governos municipais, para ajudar na consolidação do desenvolvimento e na redução das desigualdades sociais, melhorando as condições de vida, trabalho e renda para a população, além de viabilizar melhorias de infraestrutura para o escoamento da produção e a locomoção nos municípios do Oeste baiano.
Em última análise, a implantação desta agência apoiaria, também, possíveis parcerias público-privadas e credenciaria a região a abrir canais diretos de diálogo para possibilitar oportunidades de investimentos. Se viabilizada, estaremos criando para a região um cenário político extremamente promissor e que contemplará não somente os aspectos econômicos, mas também os aspectos sociais, culturais e ambientais.
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