Aline Corrêa*
Com o transcurso do Dia Internacional contra o Câncer de Mama, celebrado em 19 de outubro, cumpre enfatizar a importância da difusão constante de informações acerca desse problema de saúde. Afinal, o câncer de mama é o primeiro tipo que mais afeta a mulher brasileira.
Acompanho de perto o trabalho do Ministério da Saúde e reconheço, publicamente, o esforço responsável que tem feito para aumentar o número de mamografias no nosso país. A mamografia é fundamental para se identificar um tumor de mama antes que ele possa ter sinais e sintomas.
No primeiro semestre de 2012, mais de um milhão de mulheres de 50 a 69 anos fizeram o exame preventivo de câncer, o que representa um aumento de 41% do número de mamografias realizadas no SUS, se comparado ao mesmo período de 2010.
Este ano, 2.139.238 exames foram realizados, sendo 1.022.914 na faixa prioritária; em 2010, foram feitas 1.667.272 mamografias, sendo 726.890 na faixa prioritária. É claro que esse aumento está condicionado à ampliação e à qualidade dos serviços oncológicos. O número de mamografias também cresceu 16% entre 2012 (2.139.238) e 2011 (1.839.411), e 21% na faixa prioritária, 1.022.914 e 846.494, respectivamente.
Destaco ainda, nesse contexto, a portaria do Ministério da Saúde que cria o Programa de Mamografia Móvel, para qualificar e ampliar ainda mais a assistência oncológica no país. Esse programa consiste na liberação de Unidades Oncológicas Móveis que percorrerão locais estratégicos dos municípios para a realização dos exames. Estima-se que as unidades móveis tenham capacidade de fazer 800 mamografias por mês.
O Ministério da Saúde também incorporou ao SUS o Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, com previsão de investimento da ordem de R$ 130 milhões/ano para disponibilizar o medicamento à população.
Os números desse investimento também são expressivos. Buscando ampliar o acesso a exames e tratamentos preventivos, o governo federal tem investido na ampliação da assistência e prevenção do câncer de mama. Até 2014, o Ministério da Saúde (MS) vai investir R$ 4,5 bilhões para fortalecer o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero e de Mama.
Vale frisar que, no Brasil, apesar de todo esse esforço, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, em grande parte porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Conforme dados divulgados pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer), o número de mortes decorrentes do câncer de mama em 2010 chegou a 12.852, sendo 147 homens e 12.705 mulheres. Com relação a 2012, as estimativas são de 52.680 novos casos da doença.
Além da celebração do Dia Internacional contra o Câncer de Mama, promove-se, o movimento mundial conhecido como “Outubro Rosa”, em referência à cor do laço que simboliza a luta contra o câncer de mama. Instrumentos que julgo efetivos para que mais mulheres se conscientizem, consultem o médico e façam exames regularmente, para que possam obter o diagnóstico precoce e contar com o tratamento adequado, possibilitando em tempo hábil o pleno restabelecimento de sua saúde.
* Deputada Federal reeleita em 2010 pelo Partido Progressista de São Paulo