Paulo Foletto *
Duas décadas após o início da organização econômica brasileira e seus ganhos sociais, considerável parcela de nossa população ascendeu da extrema pobreza. Mas, se até 2010 o Brasil foi de um jeito, de 2011 para cá, o país tem seguido outro caminho. É fato que existe uma crise mundial, mas, que não justifica o quanto nossa economia reduziu.
Merece reflexão a fala do ministro Gilberto Carvalho, recentemente em Porto Alegre (RS): “Neste momento, nos damos conta que as conquistas importantes que tivemos estão dadas. Foram importantes, mas, absolutamente insuficientes. Tivemos um processo de inclusão social inegável e devemos nos orgulhar disso. Mas temos que reconhecer que foi absolutamente insuficiente”, disse.
De fato, o brasileiro hoje exige um governo que vai além de temas como inclusão social e distribuição de renda. Não temos um governo competente para oferecer serviços públicos de qualidade na saúde, educação, segurança, transporte, habitação…
Mas um dos grandes desafios que o país enfrenta é o combate à corrupção, que desvia dinheiro de obras, de impostos que o povo paga com grande sacrifício. O fim da corrupção foi um dos temas centrais dos protestos do ano passado, e um passo importante é a Lei Anticorrupção, que entrou em vigor em 29 de janeiro passado.
Nenhum brasileiro suporta mais a falta de transparência no uso do dinheiro público e enfrentar este problema fará o cidadão voltar a confiar na administração pública.
Gestão transparente é dever do agente público! Melhorar os serviços públicos do Brasil é um imperativo da sociedade e para isso é preciso deixar de celebrar a mediocridade, avançar para libertar pessoas, famílias e comunidades inteiras da pobreza, de uma vez por todas. A educação é o caminho para um desenvolvimento sustentável que emancipe o cidadão e possibilite o seu crescimento para cobrar o seu direito. É hora de um novo olhar para o Brasil.
* Paulo Foletto é deputado federal PSB-ES e titular da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.